sábado, 27 de julho de 2019

OSCAR NIEMEYER

Oscar Niemeyer foi um arquiteto brasileiro, responsável pelo planejamento arquitetônico de vários edifícios públicos de Brasília, a capital do Brasil. É um dos maiores representantes da arquitetura moderna mundial, com mais de 600 obras pelo mundo. Sua principal característica é o uso do concreto, vidro, curvas e vãos livres, com seu estilo inconfundível.

Oscar Niemeyer Soares Filho nasceu no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, no dia 15 de dezembro de 1907. Em 1928 casou-se com Anita Baldo, filha de imigrantes italianos, com quem teve uma filha. Para sustentar a família, trabalhava com o pai na tipografia da família. Em 1929, entrou para a Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, onde concluiu arquitetura, em 1934. Iniciou-se na profissão como estagiário no escritório de Lúcio Costa e Carlos Leão.
Em 1936, Oscar Niemeyer foi designado para colaborar com o arquiteto franco-suíço, Le Corbusier, idealizador da arquitetura moderna na Europa, que estava projetando a sede do Ministério da Educação e Saúde (hoje palácio Gustavo Capanema) no Rio de Janeiro. Em 1939, junto com Lúcio Costa, projetou o pavilhão brasileiro da Feira Internacional de Nova Iorque.
Em 1940, Niemeyer teve a oportunidade de conhecer, o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek. Convidado pelo político realizou seu primeiro grande projeto, o Conjunto Arquitetônico para da Pampulha, bairro da capital mineira ainda em formação. O projeto é formado por um Cassino (hoje museu), restaurante, clube náutico e a Igreja de São Francisco de Assis ou Igreja da Pampulha. O projeto contou com a participação de Joaquim Cardoso, Burle Marx, Bruno Giorgi entre outros.
Em 1945, Oscar Niemeyer foi convidado para participar com dez arquitetos de renome, do Comitê Internacional de Arquitetos para projetar a nova sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque. O desenho final do edifício combinou dois projetos: o que havia sido apresentado por Le Corbusier e o de Niemeyer. Nesse ano, o arquiteto filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro.

Obras Projetadas em Brasília

Em 1956, Juscelino Kubitschek, então Presidente da República, encomendou ao arquiteto Oscar Niemeyer um projeto para a construção da nova capital do Brasil, a ser inserida dentro do estado de Goiás, no Planalto Central da Região Centro-Oeste do país. O Plano Piloto de Brasília, que lembra o formato de um avião, foi elaborado pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa, que foi o vencedor do concurso realizado em 1957.
Oscar Niemeyer foi o responsável pelo projeto de diversos edifícios públicos de Brasília, onde se destacam o concreto, o vidro, as curvas e os vãos livres, características de seus trabalhos, entre eles: o Palácio da Alvorada (residência presidencial) e a capela anexa, o Palácio do Planalto (sede do poder executivo), os edifícios do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, a Catedral e o Teatro Nacional. A nova capital do Brasil foi inaugurada no dia 21 de abril de 1960.
Com o golpe militar de 1964, Niemeyer, filiado ao Partido Comunista, se exilou na França. Em 1972, abriu seu escritório nos Champs Elysées, em Paris. Nesse mesmo ano, projetou o Centro Cultural Le Havre, França. Em 1980, retornou ao Brasil. Nessa época, projetou o Memorial JK em Brasília e o Sambódromo, no Rio de Janeiro.

Depois de Brasília, Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, é a cidade que tem um maior número de obras de Niemeyer, entre elas o Teatro Popular Oscar Niemeyer e o Museu de Arte Contemporânea, em estilo futurista, inaugurado em 1991.

Oscar Niemeyer foi casado com  Anita Baldo, durante 76 anos, ficou viúvo em 4 de outubro de 2004. Em 2006, casou-se com sua secretária Vera Lúcia Cabreira, de 60 anos. Sua filha Anna Maria lhe deu cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos.
Oscar Niemeyer faleceu de insuficiência respiratória, no Hospital Samaritano de Botafogo, Rio de Janeiro, no dia 5 de dezembro de 2012. Foi velado no Palácio do Planalto, em Brasília e sepultado no Rio de Janeiro.

Prêmios

  • Prêmio Leão de Ouro da Bienal de Veneza (1949);
  • Prêmio Pritzker de Arquitetura (1988);
  • Prêmio Príncipe das Astúrias da Arte (1989);
  • Medalha do Mérito Cultural do Brasil (2007).

Alguns Livros

  • Minha Experiência em Brasília (1961);
  • A Forma na Arquitetura (1978);
  • Conversa de Arquiteto (1993);
  • A Curva do Tempo (1998);
  • Minha Arquitetura (2000).

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