sábado, 27 de julho de 2019

CASIMIRO DE ABREU

Casimiro de Abreu  foi um poeta brasileiro, autor da obra "Meus Oito Anos", um dos poemas mais populares da literatura brasileira. Pertence a segunda geração do Romantismo. Enviado para Lisboa, com apenas 16 anos, iniciou sua vida literária. É nesse período que escreveu a maior parte dos poemas de seu único livro "Primaveras". Escreveu a peça "Camões e o Jau", que foi aplaudida no Teatro D. Fernando, em Lisboa. Casimiro é patrono da cadeira nº 6 da Academia Brasileira de Letras.

Casimiro de Abreu nasceu na Barra de São João, Estado do Rio de Janeiro, no dia 4 de janeiro de 1837. Era filho do rico comerciante português, José Joaquim Marques de Abreu e da brasileira Luíza Joaquina das Neves. Desde cedo despertou interesse pela literatura. Aos nove anos entrou para o Colégio Frese, em Nova Friburgo. No dia 13 de novembro de 1853, com apenas 16 anos, por não se adaptar ao trabalho, no comércio do pai, no Rio de Janeiro, foi enviado para Lisboa. O austero pai achava que lá, ele perderia as tendências literárias.
Casimiro de Abreu viveu quatro anos em Portugal, onde iniciou sua carreira literária e escreveu a maior parte de seus poemas. No dia 18 de janeiro de 1856, sua peça "Camões e o Jau", foi encenada no Teatro D. Fernando, em Lisboa, sendo recebida com aplausos da imprensa portuguesa.
Em 11 de julho de 1857, voltou ao Rio de Janeiro. Com a saúde abalada, parte para Indaiassu, fazenda da família, às margens do rio São João. Depois de um mês, voltou constrangido, ao comércio do pai, que pretendia torná-lo comerciante.
Casimiro de Abreu escreveu pouco, mas seu lirismo de adolescente retratado em sua poesia, que girava em torno do amor, da tristeza da vida, da saudade da Pátria e da saudade da infância, o tornou o poeta mais popular da literatura brasileira. Seu poema "Meus Oito Anos", escrito em Lisboa em 1857, retrata bem a nostalgia da infância: Oh! que saudades que tenho/Da aurora de minha vida,/Da minha infância querida/Que os anos não trazem mais!/Que amor, que sonhos, que flores,/Naquelas tardes fagueiras/A sombra das bananeiras,/Debaixo dos laranjais!
Em 1859 publicou seu único livro de poemas "Primaveras", onde a maior parte das poesias foram escritas em Lisboa, entre elas, "Minha Terra", "Meus Oito Anos", "Segredo" e "Minha Alma é Triste". Em 1860, ficou noivo de Joaquina Alvarenga Silva Peixoto. Levando uma vida boêmia, contraiu tuberculose e foi para Nova Friburgo tentar a cura da doença. Nesse mesmo ano morreu seu pai em sua fazenda em Indaiassu. Em 4 de junho, Cassimiro de Abreu voltou para o Rio de Janeiro e assumiu seu lugar no comércio da família. Com a doença agravada decidiu ir para Nova Friburgo.
Casimiro José Marques de Abreu, não resistiu à doença e morreu com apenas 23 anos de idade, na Fazenda Indaiassu, no atual município de Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro, no dia 18 de outubro de 1860.

Obras de Casimiro de Abreu

Fora da Pátria, prosa, 1855;
Minha Mãe, poesia, 1855;
Rosa Murcha, poesia, 1855;
Saudades, poesia, 1856;
Suspiros, poesia, 1856;
Camões e o Jau, teatro, 1856;
Meus Oito Anos, poesia, 1857;
Longe do Lar, prosa, 1858;
Treze Cantos, poesia, 1858;
Folha Negra, poesia, 1858;
Primaveras, poesias, 1859.

Nenhum comentário:

Postar um comentário