quarta-feira, 19 de junho de 2019

AS CRUZADAS

As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos seljúcidas sobre esta região considerada sagrada para os cristãos. Após o domínio da região, os turcos passaram a impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato de muitos peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé.



Em 1095, Urbano II, em oposição a este impedimento, convocou um grande número de fiéis para lutarem pela causa. Muitos camponeses foram a combate pela promessa de que receberiam reconhecimento espiritual e recompensas da Igreja; contudo, esta primeira batalha fracassou e muitos perderam suas vidas em combate.   
Após a Primeira Cruzada, foi criada a Ordem dos Cavaleiros Templários que tiveram importante participação militar nos combates das Cruzadas que se seguiram.
Também depois da derrota na 1ª Cruzada, outro exército ocidental, comandado pelos franceses, invadiu o oriente para lutar pela mesma causa. Seus soldados usavam, como emblema, o sinal da cruz costurado sobre seus uniformes de batalha. Liderados por Godofredo de Bulhão, estes guerreiros massacraram os turcos durante o combate e tomaram Jerusalém, permitindo novamente livre para acesso aos peregrinos. 
Outros confrontos deste tipo ocorreram, porém, somente a sexta edição (1228-1229) ocorreu de forma pacífica. As demais serviram somente para prejudicar o relacionamento religioso entre ocidente e oriente. A relação dos dois continentes ficava cada vez mais desgastada devido à violência e a ambição desenfreada que havia tomado conta dos cruzados, e, sobre isso, o clero católico nada podia fazer para controlar a situação. 
Embora não tenham sido bem-sucedidas, ao ponto de até crianças terem feito parte e morrido por este tipo de luta, estes combates atraíram grandes reis como Ricardo I, também chamado de Ricardo Coração de Leão, e Luís IX. 

Relação de todas as Cruzadas Medievais:
 - Cruzada Popular ou dos Mendigos (1096) - não oficial (não foi convocada pelo papa);
- Primeira Cruzada (1096 a 1099);
- Cruzada de 1101;
- Segunda Cruzada (1147 a 1149);
- Terceira Cruzada (1189 a 1192);
- Quarta Cruzada (1202 a 1204);
- Cruzada Albigense (1209 a 1244);
- Cruzada das Crianças (1212);
- Quinta Cruzada (1217 a 1221);
- Sexta Cruzada (1228 a 1229);
- Sétima Cruzada (1248 a 1250);
- Cruzada dos Pastores (1251 a 1320)
- Oitava Cruzada (1270);
- Nona Cruzada (1271 a 1272);
- Cruzadas do Norte (1193 a 1316).

Principais consequências 

As Cruzadas proporcionaram também o renascimento do comércio na Europa. Muitos cavaleiros, ao retornarem do Oriente, saqueavam cidades e montavam pequenas feiras nas rotas comerciais. Houve, portanto, um importante reaquecimento da economia no Ocidente. Estes guerreiros inseriram, na Europa, novos conhecimentos, originários do Oriente, através da influente sabedoria dos sarracenos.
Não podemos deixar de lembrar que as Cruzadas aumentaram as tensões e hostilidades entre cristãos e muçulmanos na Idade Média. Mesmo após o fim das Cruzadas, este clima tenso entre os integrantes destas duas religiões continuou. 
Já no aspecto cultural, as Cruzadas favoreceram o desenvolvimento de um tipo de literatura voltado para as guerras e grandes feitos heroicos. Muitos contos de cavalaria tiveram como tema principal estes conflitos.


Cabe salientar que a expressão "Cruzada" não era conhecida, nem mesmo foi usada durante o período dos conflitos. Na Europa, eram usados termos como, por exemplo, "Guerra Santa" e Peregrinação para fazerem referência ao movimento de tentativa de tomar a "terra santa" dos muçulmanos.

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