A partir dos anos de 1990 cresceu a criação de integração econômica e social entre países em âmbito supranacionais (decisões que vão além das fronteiras nacionais), trata-se de blocos econômicos. Os líderes das nações integrantes se reúnem para estabelecer discussões comerciais e regionais.
Diante da nova realidade, a América do Sul também ingressou nesse tipo de integração, o Mercosul é o principal bloco econômico da América Latina, composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai no primeiro momento, a Venezuela está em processo de adesão para se tornar país membro. Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador ingressaram como associados. O Mercosul entrou em funcionamento no ano de 1991.
A formação do bloco tem como objetivo consolidar espaços econômicos e comerciais, buscando um crescimento comercial para a intensificação da ascensão econômica. O Mercosul acompanha uma tendência mundial, como a União Europeia.
O Mercado Comum do Sul surgiu a partir de crises estabelecidas na Argentina e no Brasil, a década de 80 ficou marcada por elas, ambas as economias estavam fragilizadas e com sérias dificuldades para realizar o pagamento de dívidas externas, além disso, a instabilidade afastava os investimentos estrangeiros.
Para afastar tais dificuldades e barreiras foi realizada nos países em questão uma abertura política para atrair outras economias com intuito de se fortalecer diante de um mercado cada vez mais competitivo, ou seja, se o PIB de um país é 900 milhões de dólares com o agrupamento salta para 1,6 bilhões, com isso fica evidente o crescimento do bloco.
Logo mais tarde Uruguai e Paraguai foram inseridos no bloco, expandindo as perspectivas de crescimento, porém as grandes forças econômicas são respectivamente de Brasil e Argentina. O Mercosul implantou uma taxa tributária externa comum a todos os integrantes, essa recebe o nome de tarifa externa comum, além de liberação de tarifas em relações comerciais entre os países membros. Em 1995, 90% das mercadorias importadas entre os países membros do bloco tiveram suas tarifas eliminadas. Consequentemente houve uma grande circulação de bens entre os países, o comércio que em 1990 girava em torno de 4 bilhões de dólares passa a 20 bilhões de dólares em 1998.
As divergências dentro do bloco envolvem as principais economias, Brasil e Argentina, a última implantou medidas protecionistas que balançou os pilares do Mercosul gerando uma incerteza quanto à sua existência.
Existe a intenção de implantar uma nova etapa ou uma integração completa no bloco, na qual todos componentes deverão realizar uma abertura para a livre circulação de bens, capitais e pessoas, a principal dificuldade para a execução dessa medida é o desnível econômico entre as nações. Para solucionar tal empecilho devem ser criadas uma série de medidas que garantam a equivalência entre os países.
Em 2004, integraram ao bloco países da Comunidade Andina (Bolívia, Peru, Equador, Venezuela e Colômbia), no ano seguinte a Venezuela pediu sua inserção efetiva no Mercosul e os países fundadores aceitaram sua entrada.
O Mercosul deu novas perspectivas de crescimento, tanto é que desde 1991 o volume comercializado aumentou em aproximadamente 300%, além de possuir grandes estimativas para o futuro.
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