quarta-feira, 19 de junho de 2019
VOLTAIRE
O ILUMINISMO
- Mercantilismo exacerbado;
- Absolutismo monárquico;
- Super-poder da Igreja e das "verdades" defendidas por ela, sempre baseadas na religião.
- O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão;
- O predomínio da burguesia e seus ideais.
As ideias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis absolutistas, com medo de perder o governo - ou mesmo a cabeça -, passaram a aceitar algumas ideias iluministas.
John Locke
Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.
Voltaire
Montesquieu
No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma monarquia moderada.
Rousseau
Quesnay
Adam Smith
- o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
- para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.
A principal obra de Smith foi “A riqueza das nações”, na qual ele defende que a economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura.
quinta-feira, 18 de janeiro de 2024
QUEM FOI MONTESQUIEU
Montesquieu foi um filósofo social e escritor francês. É o autor de "Espírito das Leis". Foi o grande teórico da doutrina que veio a ser mais tarde a separação dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. É considerado o autêntico precursor da Sociologia Francesa.
Pensador influente nas áreas da Filosofia, da História e do Direito Constitucional, foi também um dos maiores prosadores da língua francesa. Montesquieu foi um dos grandes nomes do pensamento iluminista, junto com Voltaire, John Locke e Jean-Jacques Rousseau.
Charles-Louis de Sécondat, conhecido como Montesquieu, nasceu no castelo de La Brède, perto de Bordéus, França, no dia 18 de janeiro de 1689. Filho de aristocratas, estudou no Colégio Juilly, onde fez sólidos estudos humanísticos.
Com 16 anos, Montesquieu ingressou no curso de Direito da Universidade de Bordéus. Nessa época, frequentou os círculos da boêmia literária de Paris.
Com a morte de seu pai, Montesquieu herdou o título de Barão de La Brède. Mais tarde, herdou de um tio o título de Barão de Montesquieu, e uma propriedade rural produtora de vinho, que manteve pelo resto da vida.
Seguindo uma tradição familiar, em 1714, tornou-se conselheiro do tribunal provençal de Bordéus, que presidiu entre 1716 e 1726. Quando resolveu conhecer de perto as instituições políticas de outros povos, Montesquieu percorreu vários países em viagem de estudos, e atraído pelo modelo político britânico esteve em Londres, entre 1729 e 1731.
Cartas Persas
Livre pensador em matéria religiosa e apreciador dos prazeres da vida, Montesquieu imprimiu esse espírito no seu primeiro livro “Cartas Persas” (1721), cartas imaginárias de um persa que ao visitar a França teria estranhado os costumes e as instituições vigentes.
Espirituoso e irreverente, o livro relativiza os valores de uma civilização pela comparação com os da outra, bem diferentes. Montesquieu satiriza sutilmente as tendências cartesianas da filosofia francesa e o absolutismo do Estado e da Igreja. Verdadeiro manual do Iluminismo, foi uma das obras mais lidas no século XVIII. A obra lhe valeu a entrada na Academia Francesa em 1727.
A Filosofia da história
O humanismo de Montesquieu é o fundamento da obra “Considerações Sobre a Causa da Grandeza dos Romanos e de Sua Decadência” (1734) na qual o escritor procura determinar as causas da grandeza e da queda das nações e dos impérios.
Na obra, Montesquieu explica o curso da história por meio de fatos naturais, econômicos, políticos, situação geográfica e amplitude de seus domínios. Como precursor das ideias de Turgot e Friedrich Hegel, Montesquieu foi um dos fundadores da filosofia da história. Foi o primeiro a usar o termo "decadência", a propósito de uma nação e de seu destino histórico.
Teoria Política de Montesquieu
Em 1748, Montesquieu publicou sua principal obra, “O Espírito das Leis”, obra de grande impacto que foi editada inúmeras vezes e traduzida para outras línguas. Nela, Montesquieu elabora sua teoria política e o resumo de suas ideias.
Para Montesquieu, não existia uma forma de governo ideal que servisse para qualquer povo em qualquer época. Em “O Espírito das Leis”, Montesquieu elaborou conceitos sobre formas de governo e exercício da autoridade política, que se tornaram pontos doutrinários básicos da ciência política.
Assim, para criar um sistema político estável tinha que ser levado em conta o desenvolvimento econômico-social do país e até determinantes geográficos e climáticos que influenciavam decisivamente na forma de governo.
Montesquieu considerava que cada uma das três formas de governo era baseada por um princípio: "a democracia baseia-se na virtude, a monarquia na honra e o despotismo no medo".
Ao rejeitar o despotismo, afirmava que a democracia só era viável em repúblicas de pequenas dimensões territoriais, decidindo-se em favor da monarquia constitucional.
Doutrina dos Três Poderes
Sua contribuição mais conhecida foi a “Doutrina dos três poderes”, baseada em Locke, em que defendia a divisão da autoridade governamental em três setores fundamentais: o executivo, o legislativo e o judiciário, cada um independente e fiscal dos outros dois.
Seria essa a melhor garantia da liberdade dos cidadãos, e ao mesmo tempo, da eficiência das instituições políticas.
Montesquieu faleceu em Paris, França, no dia 10 de fevereiro de 1755.
As teorias de Montesquieu exerceram profunda influência no pensamento político moderno. Inspiraram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão elaborada em 1789 durante a Revolução Francesa, que substituiu a monarquia constitucional pelo presidencialismo.
Com o fim do absolutismo, diversos países europeus adotaram a monarquia constitucional e muitas delas sobreviveram até depois da Primeira Guerra Mundial.
Obras
- Cartas Persas (1721);
- Considerações Sobre a Causa da Grandeza dos Romanos e a sua Decadência (1734).
- O Espírito das Leis (1748).
- Obs.: Montesquieu foi um dos 130 colaboradores da Enciclopédia, obra monumental dividida em 17 volumes de responsabilidade dos filósofos Diderot e D’Alembert.
domingo, 28 de julho de 2019
MÁRIO QUINTANA
Mário Quintana nasceu na cidade de Alegrete, no Rio Grande do Sul, no dia 30 de julho de 1906. Filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico e de Virgínia de Miranda Quintana, iniciou seus estudos na Escola Elementar e depois na escola do mestre português Antônio Cabral Beirão, em sua cidade natal. Aprendeu noções de francês com seus pais.
Em 1929, Mário Quintana começou a trabalhar como tradutor na redação do jornal O Estado do Rio Grande. Em 1930, a Revista Globo e o Correio do Povo publicaram os versos do poeta. O jornal O Estado do Rio Grande foi fechado, época da Revolução de 1930, quando Quintana partiu para o Rio de Janeiro, onde entrou como voluntário para o 7º. batalhão de Caçadores de Porto Alegre. Seis meses depois retornou para Porto Alegre e reinicio seu trabalho no jornal O Estado do Rio Grande.
Em 1940, Mário Quintana publicou seu primeiro livro de sonetos: “A Rua dos Cataventos”. A aceitação de sua poesia levou vários sonetos a serem transcritos em antologias e livros escolares:
Por três vezes Mário Quintana tentou entrar para a Academia Brasileira de Letras. Jamais perdoou os acadêmicos da desfeita. No dia 25 de agosto de 1966, Mário foi saudado na sessão da Academia por Augusto Mayer e Manuel Bandeira, que lê um poema de sua autoria. Convidado para se candidatar pela quarta vez, Mário recusou o convite.
Em 1980, Mario Quintana recebeu o prêmio Machado de Assis da ABL pelo conjunto da obra. Em 1981, foi agraciado com o Prêmio Jabuti como Personalidade Literária do Ano.
domingo, 14 de junho de 2020
O QUE FOI O INDEX LIBRORUM PROHIBITORUM
terça-feira, 2 de julho de 2024
JEAN JACQUES ROUSSEAU
Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo social, teórico político e escritor suíço. Foi considerado um dos principais filósofos do Iluminismo e um precursor do Romantismo. Em sua obra mais importante "O Contrato Social" desenvolveu sua concepção de que a soberania reside no povo.
Suas ideias políticas, voltadas contra as injustiças da época, repercutiram nos destinos da Revolução Francesa de 1789.
Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra, Suíça, no dia 28 de junho de 1712. Filho de um modesto relojoeiro protestante ficou órfão de mãe logo ao nascer. Foi criado por uma tia materna e por seu pai.
Em 1722 ficou órfão de pai. Em 1724, com 12 anos, iniciou seus estudos. Nessa época, já escrevia comédias e sermões. Passou a levar uma vida errante e na tentativa de se afirmar numa profissão trabalhou como aprendiz de relojoeiro e de gravador.
Em 1728, com 16 anos, Jean-Jacques Rousseau foi para Savóia, na Itália. Sem meios para se manter, procurou uma instituição católica e manifestou o desejo de se converter. De volta a Genebra conheceu Madame de Varcelli, uma dama ilustre que passou a cuidar de sua manutenção. Com a morte dela, resolveu percorrer a Suíça em busca de aventuras.
Entre 1732 e 1740, viveu na França, quando se envolveu com Madame de Warens, em Chambéry, época em que conquistou, como autodidata, grande parte de sua instrução. Em 1742, foi para Paris, onde conheceu uma nova protetora que o indicou para secretário do Embaixador da França, em Veneza. Observando as falhas do Governo de Veneza, passou a se dedicar ao estudo e à compreensão da política.
De volta a Paris, no começo de 1745, começou um relacionamento com Thérèse Levasseur, uma jovem criada de um hotel que lhe deu cinco filhos e com quem se casou, em 1768, em uma cerimônia civil.
Iluminismo
Jean-Jacques Rousseau viveu em uma época em que o absolutismo dominava toda a Europa e diversos movimentos buscavam uma renovação cultural, entre eles o Iluminismo – nome dado ao movimento composto por intelectuais que condenavam as estruturas de privilégios absolutistas e colonialistas e defendiam a reorganização da sociedade.
O Iluminismo teve início na Inglaterra, mas difundiu-se rapidamente na França, onde Montesquieu (1689-1755) e Voltaire (1694-1778) desenvolveram uma série de críticas à ordem estabelecida.
Antes de 1750, Rousseau era conhecido apenas como músico, mas nessa época ele descobriu o “Iluminismo” e passou a colaborar com o movimento. No mesmo ano, participou do concurso da Academia de Dijon: “As artes e as ciências proporcionam benefícios à humanidade?”, que oferecia um prêmio ao melhor ensaio sobre o assunto.
Rousseau, incentivado por seu amigo Denis Diderot, participou com o trabalho “Discurso Sobre as Ciências e as Artes” que recebeu o primeiro prêmio, além de uma fama polêmica por afirmar em seu ensaio que as ciências, as letras e as artes são os piores inimigos da moral e, como criadoras de novas necessidades tornam-se fonte de escravidão.
Obras e Ideias de Rousseau
Discurso Sobre a Desigualdade (1755)
A contestação da sociedade tal como estava organizada foi o tema desse seu trabalho, onde Rousseau reforçava a teoria já levantada, reafirmando: “O homem é naturalmente bom e é só devido às instituições que ele se torna mau.”
Rousseau não faz objeção à desigualdade natural, originada da idade, saúde e inteligência, mas ataca a desigualdade resultante de privilégios. "Para desfazer o mal, basta abandonar a civilização. Quando alimentado, em paz com a natureza e amigo dos semelhantes, o homem é naturalmente bom."
Julie: ou a Nova Heloísa (1761)
Rousseau fez muito sucesso com o romance Julie: ou a Nova Heloísa, que exalta o direito da paixão, mesmo ilegítima, contra a hipocrisia da sociedade. Exalta as delícias da virtude, o prazer da renúncia, a poesia das montanhas, florestas e lagos. "Só o ambiente campestre pode purificar o amor e libertá-lo da corrupção social."
O livro foi recebido com arrebatamento. A natureza entra na moda desencadeando uma paixão por toda a Europa. É a primeira manifestação do Romantismo.
Contrato Social (1762)
O Contrato Social foi uma de suas obras mais discutidas. Segundo Rousseau, o Contrato Social é uma utopia política, que propõe um estado ideal, resultante de consenso e que garante os direitos de todos os cidadãos. Um plano para a reconstrução das relações sociais da humanidade.
Seu princípio básico se mantém. "Em estado natural, os homens são iguais: os males só surgem depois que certos homens resolvem demarcar pedaços de terra dizendo: essa terra é minha”.
A única esperança de garantir os direitos de cada um está na organização de uma sociedade civil, na qual esses direitos sejam cedidos igualmente à toda comunidade. Isso poderia ser feito por meio de um contrato estabelecido entre os vários membros do grupo.
Tudo isso, não significa que a liberdade do indivíduo seja aniquilada, ao contrário, a sujeição ao Estado tem o efeito de fortalecer a liberdade autêntica. Ao falar em Estado, Rousseau não se refere ao governo, mas a uma organização política que exprima a vontade geral.
"O governo é simplesmente o agente executivo do Estado. Além disso, a comunidade pode estabelecer ou destituir um governo, sempre que o desejar."
Émile ou da Educação (1762)
A obra Émile é uma utopia pedagógica, na qual, em forma de romance, Rousseau imagina o herói como uma criança completamente isolada do meio social, que não recebe nenhuma influência da civilização. Seu professor não tenta ensinar-lhe virtude alguma, mas trata de preservar-lhe a pureza do instinto contra as possíveis insinuações do vício.
Guiado apenas por sua necessidade interior, Émile vai fazendo suas opções e escolhe tudo que realmente precisa. Não descobrirá outra ciência senão aquela que ele próprio quiser, por curiosidade e espírito de iniciativa.
A Perseguição e Morte
O Parlamento de Paris condenou tanto o Contrato Social quanto Émile, que considerou repletos de heresias religiosas. Para o tempo em que a Europa vivia as ideias democráticas de Rousseau eram audaciosas. As edições de Émile foram queimadas em Paris.
Já afastado de Diderot e dos demais filósofos, por não compartilhar de seu raciocínio, Rousseau foi forçado a se exilar na Suíça, pois havia uma ordem de prisão contra ele. Constantemente perseguido, encontrou asilo na Inglaterra, onde o filósofo David Hume o acolheu. No ano seguinte, desentendeu-se com Hume e regressou incógnito à França
Para justificar-se dos ataques a que esteve exposto, Rousseau iniciou suas “Confissões”, publicadas postumamente em 1782. Em 1778, aceitou a acolhida do Marquês de Girardin, em seu domínio em Ermenonville, onde viveu suas últimas semanas, já debilitado mentalmente pela mania de perseguição.
Jean-Jacques Rousseau faleceu em Ermenonville, França, no dia 2 de julho de 1778. Quinze anos mais tarde, seu valor foi reconsiderado. Defensor ardoroso dos princípios de “liberdade, igualdade e fraternidade”, lema da Revolução Francesa, foi visto como “profeta” do movimento. Seus restos mortais foram transportados para o Panteão de Paris.
domingo, 30 de maio de 2021
ACONTECEU EM 30 DE MAIO
Dia do geólogo
1431 - Durante a Guerra dos Cem Anos, em Ruão, na França, Joana d'Arc era é queimada na fogueira aos 19 anos de idade por bruxaria.
1778 - Morria o filósofo, Voltaire.
1911 - Primeira corrida da 500 milhas de Indianápolis.
1922 - Inauguração do Lincoln Memorial em Washington, D.C.
1967 — Região Oriental da Nigéria declarava independência como a República do Biafra, provocando uma guerra civil.
1968 — Charles de Gaulle reaparecia publicamente após seu voo para Baden-Baden, na Alemanha, e dissolvia a Assembleia Nacional Francesa por meio de um apelo por rádio. Imediatamente depois, menos de um milhão de seus partidários marcharam nos Champs-Élysées, em Paris. Este é o ponto de virada dos eventos de maio de 1968 na França.
1988 - A Espanha juntava-se à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
1998 — Paquistão realizava um teste nuclear subterrâneo no deserto de Kharan.
2008 — Adotada a Convenção sobre Munições de Dispersão.
2012 — Ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, era condenado a 50 anos de prisão por seu papel nas atrocidades cometidas durante a Guerra Civil de Serra Leoa.