segunda-feira, 21 de outubro de 2019

O ARTÍSTA PAUL CÉZANNE

Paul Cézanne foi um pintor pós-impressionista francês. Sua obra radicalmente inovadora foi além do impressionismo em busca de uma nova arte. Seu rigor geométrico, mais tarde, serviu de ponte entre o impressionismo e o cubismo.

Paul Cézanne nasceu em Aix-en-Provence, no sul da França, no dia 19 de janeiro de 1839. Filho do banqueiro Louis-Auguste Cézanne fez todos os seus estudos em Aix. Foi amigo e confidente de Émile Zola. Em 1856 ingressou na École de Dessin de Aix-em-Provence, contra a vontade do pai. Em 1859, por insistência do pai, iniciou o curso de Direito na Faculdade de Aix. Em 1861, Cézanne mudou-se para Paris, encorajado pelo amigo Zola que já estava na capital francesa. Inscreveu-se nos cursos livres da Academia Suíça, onde conheceu Camille Pissarro. Não passou nos exame de admissão da Escola de Belas Artes. Voltou para Aix onde trabalhou com o pai, mas um ano depois retornou para Paris e ingressou novamente na Academia Suíça, decidido a ser pintor. Conhece Claude Monet, Renoir, Alfred Sisley e Édouard Manet. Seus trabalhos foram recusados no Salão Oficial de 1864 e 1866. É dessa época a obra “Açucareiro, Peras e Xícara Azul” (1865-1866).
Como seus amigos impressionistas, Cézanne também rejeitava os padrões acadêmicos da época, embora seus primeiros trabalhos tenham pouco a ver com esse movimento. Pintou quadros escuros e românticos, muitas vezes usando uma espátula resultando em espessos estratos de cores sobrepostas, como na tela dedicada ao pai “Louis-Auguste-Cézanne” (1866). Em 1869 conheceu Hortense Fiquet, uma modelo que se tornaria sua companheira, mesmo temendo a desaprovação de seu pai e o corte da pensão. Cézanne a escondeu dele, como também o nascimento de seu filho Paul, em 1872, que seu pai descobriu só em 1878.
Influenciado por Pissarro, começou a trabalhar ao ar livre, clareando gradativamente sua paleta de cores. É dessa época, “A Tentação de Santo Antônio” (1870) e “Pastoral ou Idílio” (1870). Em 1874, levado por Pissarro, participou da primeira exposição impressionista, mas suas obras foram muito mal recebidas pela crítica. O mesmo ocorreu em 1877. Cézanne se refugiou em Jas de Bouffan, residência de campo de sua família. Cézanne foi aos poucos encontrando seu estilo pessoal como na obra-prima “Ponte de Maicy” (1880).
O ano de 1886 ficou marcado como uma guinada na vida pessoal de Cézanne quando rompeu com Zola após a publicação do livro “A Obra”, em que o pintor se viu reconhecido no personagem fracassado Claude Lantier. Vivendo no sul da França, Paul Cézanne se dedicou à pintura de retratos, natureza-morta e principalmente paisagens. Entre as obras desse período destacam-se: “Maçãs e Biscoitos” (1880), Moinho em Couleucre (1881), “Gardanne” (1886), “Casa de Jas de Bouffan” (1887), “O Vaso Azul” (1890) e “Os Jogadores de Cartas” (1896).
O perfeccionismo de Cézanne pelas formas geométricas foi observado quando trabalhava em diversas obras que eram repetidas exaustivamente como nas telas "A Montanha Sainte- Victoire” (1904), que domina o vale do Rio Arc e, o “Castelo Negro” (1904), localizado nos arredores de Bibémus, também conhecido como o Castelo do Diabo.
O tema “banhistas” está presente em diversas telas de Cézanne, entre elas: “Banhistas”, “Três Banhistas”, “Banhistas Descansando”, que foi exposta na mostra impressionista de 1877 e, as telas monumentais “As Grandes Banhistas”, nas quais o artista trabalhou nos últimos anos de vida em seu atelier de Les Lauvres.
Paul Cézanne faleceu em Aix-em-Provence, França, no dia 22 de outubro de 1906.

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