domingo, 28 de julho de 2019

UMBERTO ECO

Umberto Eco foi um escritor, professor e filósofo italiano, autor do romance “O Nome da Rosa”, um dos maiores sucessos literários do século XX.

Umberto Eco nasceu em Alexandria, Piemonte, Itália, no dia 5 de janeiro de 1932. Filho de Giulio Eco e Giovanna Eco estudou Filosofia e Literatura na Universidade de Turim, onde mais tarde tornou-se professor. Ainda estudante, deixou de acreditar em Deus - um dos pilares de sua educação - e abandonou a religião.
Começou a carreira de filósofo com a ajuda de Luigi Pareyson. Seus primeiros trabalhos foram dedicados ao estudo da estética medieval, especialmente sobre os textos de São Tomás de Aquino. Escreveu "Il Problema Estetico de San Tommaso".
Umberto Eco foi considerado um dos expoentes da nova narrativa italiana, iniciada por Ítalo Calvino (1923-1985). Exerceu grande influência sobre os meios intelectuais ao estudar os fenômenos de comunicação ligados à cultura de massas, como histórias em quadrinhos, telenovelas e cartazes publicitários.
No livro “Obra Aberta” (1962), Umberto Eco realizou um estudo sobre a semiótica, estabelecendo as diversas interpretações que podem ocorrer ao ouvinte através da obra artística. Em 1964, publicou “Apocalípticos e Integrados”, onde avalia os efeitos da cultura de massa no mundo contemporâneo. Na obra, elaborou a tese de que os “apocalípticos" seriam aqueles que defendiam uma arte erudita contra a influência da cultura de massas, ao passo que os “integrados” defendiam a massificação de produtos culturais como consequência positiva da democratização.
Nos anos 70, passou a se dedicar ao estudo da semiótica, estabelecendo novas perspectivas sobre o assunto sob a influência de filósofos como John LockeKant e Peirce, abandonando as teorias semiológicas do linguista Ferdinand Saussure. Obras importantes desse período: “As Formas do Conteúdo” (1971) e o livro “Tratado Geral de Semiótica” (1975).
Na obra "O Super-Homem de Massa" (1978), o autor voltou-se para a literatura popular que desde o início do século XIX produziu heróis como o Conde de Monte Cristo, Rocambole, Tarzan ou James Bond.
Em 1980 publicou "O Nome da Rosa", seu primeiro romance, que o consagrou. Ambientado em um mosteiro na Idade Média, pleno de erudição e intrigas, que foi um sucesso de vendas. Foi adaptado para o cinema em 1986. Em 1989, lançou "O Pêndulo de Foucault", que ele classifica como "um romance das ideias, sobre a relação entre razão e irracionalismo". A trama é um plano conspiratório feito um pouco por diversão que sai do controle quando os personagens passam a ser perseguidos por uma sociedade secreta que os toma por detentores de um segredo dos Cavaleiros Templários.
Em 2010, Umberto Eco lançou “O Cemitério de Praga”, na obra, o avô do protagonista é um antissemita que acredita que os maçons, os templários e a seita secreta dos Illuminati estiveram por trás da Revolução Francesa. No seu mais recente trabalho “Número Zero” (2015), o autor critica o mau jornalismo e a manipulação dos fatos. Leva seu interesse pelas teorias conspiratórias para o ambiente da redação de um jornal de Milão, em 1992.
Umberto Eco faleceu em Milão, Itália, no dia 19 de fevereiro de 2016.

Nenhum comentário:

Postar um comentário