Gonçalves Dias foi um poeta e teatrólogo brasileiro. É lembrado como o grande poeta indianista da geração romântica. Deu romantismo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É lembrado como um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras.
Gonçalves Dias nasceu nos arredores de Caxias, no Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Filho de um comerciante português e uma mestiça iniciou seus estudos no Maranhão e ainda jovem viajou para Portugal. Em 1838 ingressou no Colégio das Artes em Coimbra, onde concluiu o curso secundário. Em 1840 matriculou-se na Universidade de Direito de Coimbra, onde teve contato com escritores do romantismo português, entre eles, Almeida Garret, Alexandre Herculano e Feliciano de Castilho. Ainda em Coimbra, em 1843, escreveu seu famoso poema "Canção do Exílio", onde expressa o sentimento da solidão e do exílio.
Em 1845, depois de formado em Direito, Gonçalves Dias voltou para o Maranhão. Ocupou vários cargos no governo imperial e realizou diversas viagens à Europa. Em 1846 foi para o Rio de Janeiro e em 1847 publicou o livro "Primeiros Cantos", que recebeu elogios de Alexandre Herculano, poeta romântico português. Ao apresentar o livro, Gonçalves Dias confessa: "Dei o nome Primeiros Cantos às poesias que agora publico, porque espero que não sejam as últimas". Em 1848 publicou o livro "Segundos Cantos".
Em 1849, é nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II. Durante esse período escreveu para várias publicações, entre elas, o Jornal do Comércio, a Gazeta Mercantil e para o Correio da Tarde. Nessa época fundou a Revista Literária Guanabara.
Em 1851, Gonçalves Dias publicou o livro "Últimos Cantos". Regressou ao Maranhão e conheceu Ana Amélia Ferreira do Vale, por quem se apaixona. Por ele ser mestiço, a família dela proíbe o casamento. Mais tarde casou-se com Olímpia da Costa.
Gonçalves Dias exerceu o cargo de oficial da Secretaria de Negócios Estrangeiros, foi várias vezes à Europa e em 1854, em Portugal, encontrou-se com Ana Amélia, já casada. Esse encontro inspirou o poeta a escrever o poema "Ainda Uma Vez — Adeus!".
Em 1862, Antônio Gonçalves Dias foi à Europa para tratamento de saúde. Sem resultados embarcou de volta no dia 10 de setembro de 1864. No dia 3 de novembro o navio francês Ville de Boulogne em que estava, naufragou perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde o poeta faleceu.
Obras de Gonçalves Dias
Um Anjo, romance, 1843;
Beatriz Cenci, teatro, 1843;
Canção do Exílio, poema, 1843;
Patkull, teatro, 1843;
Meditação, prosa, 1845;
O Canto do Piaga, poesia, 1846;
Primeiros Cantos, poesia, 1847;
Leonor de Mendonça, drama, 1847;
Segundos Cantos, poesia, 1848;
Sextilhas do Frei Antão, poemas, 1848;
Últimos Cantos, poesia, 1851;
I - Juca Pirama, poema, 1851;
Cantos, poesia, 1857;
Os Timbiras, poesia, 1857, (inacabado);
Dicionário da Língua Tupi, 1858;
Liria Varia, poesia, 1869, obra póstuma);
Canção do Tamoio, poema;
Leito de Folhas Verdes, poesia;
Marabá, poema;
Se se Morrer de Amor, poema;
Ainda Uma Vez - Adeus, poema;
Seus Olhos, poema;
Canto de Morte, poesia;
Meu Anjo, Escuta, poema;
Olhos Verdes, poema;
O Canto do Guerreiro, poema;
O Canto do Índio, poema;
Se Te Amo, Não Sei, poema;
Gonçalves Dias entrelaçou a poesia sobre a natureza e a poesia saudosista. O poeta maranhense, em seus verso, lembra da infância, dos amores idos e vindos. Na Europa sente-se exilado e é levado até sua terra natal através da "Canção do Exílio" um clássico de nossa literatura.
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