quarta-feira, 19 de junho de 2019

AFRÂNIO COUTINHO

Afrânio Coutinho foi um professor, ensaísta e crítico literário brasileiro. Foi o responsável pela introdução no Brasil, nos anos 50, do New Criticism norte-americano, movimento que considera a crítica de obra literária como fato autônomo e não vinculada a um contexto histórico determinado.

Afrânio Coutinho nasceu em Salvador, Bahia, no dia 15 de março de 1911. Filho de Eurico da Costa Coutinho, engenheiro, e de Adalgisa Pinheiro dos Santos Coutinho. Concluiu o curso de medicina em 1926, mas, não chegou a exercer a profissão, preferindo dedicar-se à carreira de professor e crítico literário. Foi bibliotecário da Faculdade de Medicina e professor da Faculdade de Filosofia da Bahia.
Em 1936 mudou-se para o Rio de Janeiro e passou a dar aulas no Colégio Pedro II. Entre 1942 e 1947 trabalhou nos Estados Unidos, na edição da versão em português da Reader’s Digest.
De volta ao Brasil, em 1948, criou a primeira cátedra de teoria e técnica literária do país, na Faculdade de Filosofia do Instituto Lafayette, no Rio de Janeiro. Em 1958 tornou-se catedrático de literatura brasileira e diretor da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Entre 1960 e 1970 realizou diversas viagens para os Estados Unidos, Alemanha e França como professor visitante. Em 14 de abril de 1962 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Em 1968 foi nomeado diretor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, permanecendo no cargo até sua aposentadoria.
Afrânio Coutinho formou uma vasta biblioteca particular que se tornou a base para a fundação da Oficina Literária Afrânio Coutinho (OLAC), destinada a promover estudos literários, organizar cursos e conferências, e receber escritores nacionais e estrangeiros. Hoje, a biblioteca pertence à Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Afrânio dos Santos Coutinho faleceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de agosto de 2000.

Obras de Afrânio Coutinho

A Filosofia de Machado de Assis, 1940;
Aspectos da Literatura Barroca, 1950;
Da Crítica e Da Nova Crítica, 1957;
Conceitos de Literatura Brasileira, 1960;
Crítica e Críticas, 1969.

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