segunda-feira, 31 de agosto de 2020

GEORGES BRAQUE

 Georges Braque foi um pintor francês. Junto com Pablo Picasso deu início ao Cubismo, um dos mais importantes movimentos da Arte Moderna do século XX.



Georges Braque nasceu em Argenteuil, França, no dia 13 de maio de 1882. Filho de pintor, desde cedo descobriu sua vocação. Em 1899 mudou-se para Paris e no ano seguinte ingressou na Escola de Belas Artes. Em 1906, influenciado por seu amigo Othon Friezs, aderiu ao Fauvismo, o primeiro movimento moderno do século XX. Entre as obras desse período destaca-se “O Porto de Anvers, “O Porto de L’Estaque” e “Paisagem de L’Estaque”. Em março desse mesmo ano, ele expôs pela primeira vez seus trabalhos no Salão dos Independentes em Paris.

Em 1907, durante uma exposição de Cezanne, Braque conheceu o pintor espanhol Pablo Picasso e tendo ideias em comum, iniciaram uma parceria que resultou em um dos mais importantes movimentos da Arte Moderna, o Cubismo. Ambos procuravam novas respostas para a eterna questão de como retratar o mundo real tridimensional sem uma tela plana bidimensional.

Influenciados pela escultura tribal africana então descoberta. Picasso e Braque analisavam objetos, separando-os em suas formas geométricas e as reestruturando de modo a mostrar as várias facetas de cada forma em uma imagem. Essas obras iniciais do “Cubismo Analítico”, como são conhecidas, geralmente retratavam figuras únicas ou naturezas mortas utilizando uma gama limitada de tons de cinza e marrom, como, “Piano e Bandolim” (1909) e “Violino e Jarro” (1910) e “Mulher com Bandolim” (1910).

Entre 1910 e 1911, os quadros de Braque eram mesclas abstratas de cores e linhas – o tema era identificável apenas por pistas, como um cachimbo ou um bigode. Para combater esse movimento voltado ao abstracionismo, o artista passou a acrescentar referências ao mundo real, adicionando letras ou simulando texturas reais como madeira e tecido. Após algum tempo, até areia e recortes de jornais eram aderidos à tela para fazer uma colagem. Cores mais vivas foram usadas durante essa fase, que ficou conhecida como “Cubismo Abstrato”, entre elas, “Bodegón com Vaso e Jornal” (1913) e “Copo, Garrafa e Cachimbo numa Mesa” (1914).

Em 1914, Braque foi convocado para servir na Primeira Guerra Mundial. Em 1915 foi ferido e passou dois anos sem pintar. Depois da Guerra, o artista desprezou os traços angulosos e as linhas fortemente geométricas de sua etapa anterior para iniciar um trabalho com linhas curvas e um novo repertório de temas como natureza morta e as pinturas figurativas, mas sempre dentro do estilo cubista.

Em 1922 expôs no Salão de Outono em Paris. Nessa época, fez duas cenografias para o balé de Sergei Diaghilev. Em 1925, já bem sucedido, mandou construir uma casa projetada pelo arquiteto Auguste Perret (o mesmo que projetou o teatro Champs-Élisées). Em 1931, elaborou as primeiras gravuras e começou a usar motivos mitológicos. Em 1933 realizou sua primeira retrospectiva na Basiléia, Suíça. Em 1937, ganhou o primeiro prêmio na mostra Carnegie International, em Pittsburgh, Estados Unidos. Durante a Segunda Guerra Mundial, retirou-se para Varengeville, Normandis, e trabalhou com gravuras em metal e esculturas.

Georges Braque faleceu em Paris, França, no dia 31 de agosto de 1963.

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