Edgar Morin, cujo verdadeiro nome é Edgar Nahoum, nasceu no dia 8 de julho de 1921, e é o único filho de Vidal Nahoum e Luna Beressi, que faleceu quando ele tinha apenas nove anos. Formado em Direito, Geografia e História, ele também realizou estudos em filosofia, sociologia e epistemologia.
Ainda em sua infância e adolescência, Edgar se sentia sufocado pelo excesso de cuidado do pai. Apesar de todo o cuidado e preocupação do pai em tê-lo sempre por perto, não lhe foi imposto princípios. Dessa forma, ele desenvolveu sua própria ética.
Entre os escritores que Edgar lia estavam Dostoievsky, Balzac e Anatole France. Quanto a escola, Morin acredita que a mesma só o ensinou sobre a França, e que todo o resto que aprendeu foi em sua caminhada autodidata.
Se filiou ao Partido Comunista em 1941, e atuou no partido por dez anos. Foi nessa mesma época que Edgar conheceu Viollete Chapellaubeau, com quem se casou no período final da guerra. Com ela Edgar teve duas filhas.
O codinome Morin foi adotado quando serviu como tenente das forças combatentes francesas, em 1944. Participou ativamente do movimento de resistência à ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, afastou-se do Partido Comunista, o qual foi expulso.
Enquanto estudava não se via com habilidades para praticar nenhuma profissão, a não ser responder seus questionamentos. Dessa forma, estudou História, Geografia, Sociologia, Direito e Ciências Políticas.
Primeiras obras
Nos anos seguintes, lançou seu primeiro livro, O Ano Zero da Alemanha, que é uma narrativa sobre a Alemanha pós Segunda Guerra Mundial.
Entre 1949 e 1951 prepara o livro, O Homem e a Morte, que é uma tentativa de integrar a morte nos parâmetros da reflexão da antropologia.
Edgar fundou com alguns amigos a Revista Arguments, e desde então começou a fazer análises sobre acontecimentos que estavam acontecendo na vida política e social. Nesse mesmo período publicou o livro, O Espírito e o Tempo.
Como estava sempre em processo de aprendizado, reaprendizado, e organização dos princípios estudados, Edgar escreveu O Método, começando seu processo de escrita em 1970, e lançando seis volumes entre 1978 e 2004.
Com a publicação de O Método, ele passou a ser conhecido como pioneiro e o principal teórico do paradigma emergente da ciência na virada do século: o pensamento complexo.
Após seu casamento com Viollete, Edgar se casou mais duas vezes. Sendo elas com a artista plástica Joahnne e com Edwiges.
Edgar é considerado um dos mais importantes pensadores ainda vivo.
Teoria da Complexidade
Dentre todas as suas teorias, a Teoria da Complexidade, uma das mais conhecidas, é a ideia chave da coletânea composta por seis volumes e escrita por Edgar, O Método. Essa teoria, baseada em seus fundamentos e conceitos é muito usado na área da Educação.
Essa teoria tem como fundamento as formulações surgidas no campo das ciências exatas e naturais, como as teorias da informação e dos sistemas. Dessa forma, elas ressaltaram a importância de não existir uma divisão entre as disciplinas.
Morin acredita que os professores de Ensino Fundamental têm o dever de acabar com as barreiras do conhecimento, por duas razões.
Primeiro porque os professores de séries iniciais lidam com experiências generalistas. Segundo, porque nessa fase as crianças possuem um modo de pensar que ainda não foi influenciado pela separação das disciplinas.
De forma geral, Morin acredita que os saberes precisam se interligar para formar uma configuração que faça sentido, e responda as nossas expectativas, nossos desejos e nossas interrogações cognitivas.
Obras de Edgar Morin
- O Método 1: a natureza da natureza
- O Método 2: a vida da vida
- O Método 3: conhecimento do conhecimento
- O Método 4: as ideias
- O Método 5: a identidade humana
- Sete saberes necessários à Educação do Futuro
- Saberes globais e saberes locais: o olhar transdisciplinar
- As duas globalizações: complexidade e comunicação, uma pedagogia do presente
- Para navegar no século XXI/21: tecnologias do imaginário e cibercultura
- Cultura de Massa no Século XX
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