domingo, 29 de março de 2020

SIMPLESMENTE JAGUAR

Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe nasceu no Rio de Janeiro, em 29 de fevereiro de 1932. Caricaturista, ilustrador, desenhista, jornalista, cronista. 

Jaguar iniciou sua carreira como cartunista, em 1957, na página de humor da revista Manchete. No ano seguinte, a convite de Carlos Scliar passou a colaborar com a revista Senhor, onde conheceu Ivan Lessa e Paulo Francis . Na década de 1960, trabalhou por oito anos no jornal Última Hora
Em 1968, lançou Átila, você é um bárbaro, uma antologia de seus cartuns. Paralelamente ao trabalho de cartunista, foi durante 17 anos, escriturário do Banco do Brasil, emprego que abandonou em 1971. No banco, conheceu Sérgio Porto,  também funcionário e escritor, que sob o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, tem vários de seus títulos ilustrados por Jaguar. Foi um dos fundadores da famosa Banda de Ipanema, inaugurada no primeiro carnaval pós-golpe militar de 1964, e que congregava jornalistas, escritores, cineastas, atores, músicos, artistas plásticos e cartunistas. 
 Em 1968, lançou sua primeira antologia de cartuns Átila, você é um bárbaro. Nesse momento o estilo irônico, em que traços vigorosos e irregulares servem à representação dos personagens, sem um apuro excessivo no acabamento, já se encontrava formado.
Fundou em 1969, o semanário carioca O Pasquim, ao lado de Millôr Fernandes, Tarso de Castro, Sérgio Cabral, Henfil, Paulo Francis, Ziraldo, entre outros. Em O Pasquim, criou o rato Sig, uma alegoria de Sigmund Freud, que se tornou símbolo oficial do jornal, aparecia na capa e no começo das matérias, e era o mascote da publicação. 
Dentre os personagens criados por Jaguar, além do rato Sig, destacam-se: Gastão, o vomitadorBoris, o homem tronco e o cartum Chopnics, publicado inicialmente no Jornal do Brasil
Em 1999, editou a revista Bundas - satirizando a publicação Caras -, com Ziraldo e outros remanescentes de O PasquimEm 2000, lançou o livro Ipanema - Se Não Me Falha a Memória, e no ano seguinte, Confesso que Bebi, Memórias de um Amnésico Alcoólico.
Seu trabalho sofreu influência do cartunista americano Saul Steinberg e do gravador francês André François. O estilo livre e a qualidade de seus cartuns e desenhos levaram-no rapidamente a um lugar de destaque, e já no início dos anos 1960 tornou-se um dos principais cartunistas da revista Senhor. Contribui também nas Revista da Semana e Revista Civilização Brasileira, no semanário de humor Pif-Paf e nos jornais do Rio de Janeiro Tribuna da Imprensa e Última Hora (de 1960 a 1968).

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