sexta-feira, 25 de outubro de 2019

WINSTON CHURCHILL

Winston Leonard Spencer-Churchill nasceu prematuramente em 30 de novembro de 1874, no Palácio de Blenheim, cidade de Woodstock, na Inglaterra, na família dos nobres Duques de Marlborough. Seu pai, Randolph Churchill, foi um conhecido político da época, que chegou a ser Primeiro-Ministro, mas ganhou destaque mesmo como Ministro da Fazenda. Sua mãe, a norte-americana Jennie Jerome, fazia parte da alta sociedade.

Quando criança, Churchill demonstrou ter dificuldades para falar — era comum ele pronunciar errado as letras S e Z e, com isso, suas notas na escola sempre foram baixas. Com muito esforço Churchill se formou em um colégio rígido e prestigiado de Dublin, na Irlanda, e pôde entrar na Academia Militar de Sandhurst, onde se formou Tenente-Coronel, como o oitavo melhor aluno da turma.
Em 1895, Churchill foi enviado para a guerra que se desenrolava em Cuba, como correspondente. Em seguida, foi transferido para a segunda guerra Anglo-Afegã, quando passou a ser colunista de importantes jornais e revistas da época. Em 1898, Churchill já estava no Egito, também como correspondente. Ao todo, serviu ao Exército por quase trinta anos.
Já em 1899, Winston Churchill não conseguiu se eleger como parlamentar britânico e, por isso, foi embora para a África do Sul, que até então era uma colônia inglesa. Com intenções de seguir na carreira jornalística, acabou sendo capturado e se tornou prisioneiro de guerra na cidade de Pretória, de onde conseguiu fugir percorrendo cerca de 500 km a pé. O jovem Churchill continuou pela África, onde cobriu e contou a história de diversos outros conflitos.
Ao voltar para a Inglaterra, em 1900, conseguiu, finalmente, ingressar no parlamento, sendo apoiado pelo partido conservador. Foi Ministro das Finanças, Ministro do Comércio, Ministro da Defesa, Ministro das Colônias e Ministro das Munições. Nessa época, casou-se com sua esposa Clementine, com quem teve cinco filhos.
Em 1911, Churchill tornou-se Primeiro Lord do Almirantado, um cargo de alto prestígio na Marinha Britânica. Contudo, durante a Primeira Guerra Mundial, acabou sendo demitido do cargo após uma campanha lamentável na Batalha de Gallipoli, que causou a morte de milhares de soldados britânicos, franceses e de outras nações aliadas.
Quando o comunismo começou a se expandir na Europa, por consequência da Revolução Comunista Russa, Winston Churchill foi um dos políticos contrários ao movimento. Entre 1919 e 1921 foi Ministro da Guerra, mas durante a década de 20 e 30 o político entrou em isolamento e acabou se tornando membro da Câmara Baixa, o que permitiu que Churchill se dedicasse à literatura — o que lhe rendeu um Prêmio Nobel em 1953.
Em 1933, com a ascensão de Adolf Hitler, Winston foi um dos políticos que se levantaram contra o ditador — que já era considerado uma ameaça grave. Churchill era contrário à concordância do governo britânico em relação aos pedidos de Hitler. Contudo, em 1939, quando os nazistas invadiram a Polônia, a Inglaterra declarou guerra contra a Alemanha.
Em meio ao conflito, Winston Churchill reassume seu antigo cargo de Lord do Almirantado e, em 1940, torna-se Primeiro-Ministro, quando os alemães invadem a França. Seu discurso de posse foi bastante simples, mas repleto de significado: “Não tenho nada a oferecer, para além de sangue, sofrimento, lágrimas e suor”.
Nesta altura da vida, Winston Churchill já era um orador de discursos históricos e motivacionais. Todas as dificuldades na fala, que enfrentou quando criança, foram deixadas para trás quando seu povo precisou de um líder. Churchill foi um dos políticos mais importantes para a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, que durou até 1945.
Porém, mesmo tendo sido importante para a derrota da Alemanha nazista, até hoje Churchill é tido como um dos culpados pelo caos que se instalou no Sudeste asiático durante os conflitos. Milhões de pessoas morreram por falta de alimentos em Bengala, o que poderia ter sido evitado se a Inglaterra tivesse adotado diferentes estratégias. O bombardeio em Dresden, na Alemanha, é outro conflito polêmico: o crime de guerra, como é considerado por alguns historiadores, matou milhares de inocentes e destruiu a cidade, e foi decisão de Churchill.
Winston Churchill ainda tentou fazer frente à União Soviética, mas acabou tendo seus planos recusados e perdeu a reeleição como Primeiro-Ministro. Considerado um dos idealizadores da União Europeia, Churchill foi quem criou a expressão “cortina de ferro”, ao se referir às divisões que repartiam cidades entre comunistas e não-comunistas.
Em 1953, Churchill foi nomeado Sir (senhor, em inglês). O título honorífico britânico remonta aos tempos medievais, em que os cavaleiros da realeza eram homenageados com tal honraria. Hoje em dia, a Ordem de Cavaleiro da Rainha, como é conhecido o título, pode ser entregue a homens e mulheres britânicos (Sir ou Dame) que colaboram com o país e com a cultura britânica, como músicos e atores.
Winston Churchill renunciou ao cargo de Primeiro-Ministro em 1955, quando proferiu o discurso conhecido como Jamais Desesperar: ”… nunca fugir, não se abater, desesperar jamais”.
Faleceu em 24 de janeiro de 1965, aos 90 anos de idade. Seu funeral reuniu líderes — políticos, militares e civis — de diversas gerações e nacionalidades. Até hoje Winston Churchill é respeitado por ter lutado pela Europa quando o continente enfrentava um dos momentos mais tristes de toda a sua história.

A política de Churchill

A Primeira Guerra Mundial

Durante a Primeira Guerra Mundial, Winston Churchill colaborou com a modernização da Marinha Britânica. Enquanto serviu como Primeiro Lord do Almirantado, trocou os navios a carvão por modelos mais modernos, a óleo, de forma que a frota se tornou mais rápida. Contudo, cometeu erros estratégicos que colocaram milhares de soldados a caminho da morte na Batalha de Gallipoli — o que fez com que perdesse o cargo e partisse para enfrentar a guerra na França.

A Segunda Guerra Mundial

Em 1940, Churchill pronunciou o mais famoso de seus discursos. Tendo assumido como Primeiro-Ministro há menos de um mês — e ainda sem credibilidade — mobilizou toda a nação para as batalhas que, inevitavelmente, viriam em seguida durante a Segunda Guerra Mundial. A França estava praticamente derrotada e a Inglaterra esperava uma invasão nazista a qualquer momento.
Winston Churchill liderou o retorno dos governantes conservadores ao poder quando Neville Chamberlain fracassou ao tentar negociar com Adolf Hitler. Churchill partiu para uma política dura com os nazistas ao firmar um acordo estratégico com Josef Stalin, revolucionário soviético, e conquistar o apoio dos americanos — manteve laços de amizade com Franklin Roosevelt, então presidente dos Estados Unidos da América. Tais medidas, inclusive, fizeram com que o Primeiro-Ministro fosse respeitado mundialmente.

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