quarta-feira, 16 de outubro de 2019

O VÍRUS EBOLA

Ebola é uma doença altamente letal causada por um vírus do gênero Filovírus, família Filoviridae. Descoberto em 1976, após uma grande quantidade de mortes no Sudão e Zaire (atual República Democrática do Congo), o vírus recebeu esse nome graças ao rio Ebola, que fica próximo do local onde ocorreu o surto.

O vírus Ebola causa febre hemorrágica e é altamente contagioso. Atualmente, são conhecidos cinco tipos diferentes do vírus, que foram nomeados de acordo com a região onde ocorrem: Zaire, Sudão, Reston, Costa do Marfim e Bundibugyo. O tipo Reston já foi identificado nas Filipinas e Estados Unidos, entretanto não provoca febre hemorrágica em seres humanos.
Sua transmissão ocorre através do contato com sangue, vómitos, urina, fezes e secreções, como esperma e leite de pessoas infectadas. Em razão da facilidade do contágio, pessoas doentes ficam isoladas da comunidade, inclusive é pedida a incineração de todo o material que possa ter tido contato com fluidos do doente.
Ao contrair a doença, o vírus pode ficar de 2 a 21 dias incubado. Após esse período, os sintomas começam a aparecer e normalmente são fadiga, febre, dores de cabeça intensas, dor na região abdominal, dores nas costas e garganta, enjoo, vómitos, artrite, diarreia, anorexia, conjuntivite e hemorragias. As hemorragias podem ser internas ou externas, podendo ocorrer sangramentos nos olhos, ouvidos, nariz, boca e ânus. Irritabilidade e depressão são quadros também verificados.
Em um estágio avançado da doença, inicia-se a destruição dos vasos sanguíneos, o que leva a uma piora nas hemorragias. O vómito passa a conter sangue, assim como as fezes. A perda excessiva de sangue acaba levando o paciente à morte.
O vírus é responsável por muitas mortes no continente africano, sendo que as infecções em 90% dos casos são letais. A doença é um grave problema de saúde pública, uma vez que não existe tratamento eficaz e nem ao menos prevenção. As autoridades preocupam-se inclusive com o risco de algum dia o vírus ser utilizado na preparação de armas biológicas, o que causaria uma destruição lastimável.
Quando uma pessoa é diagnosticada com ebola, imediatamente ocorre seu isolamento e o tratamento inicia-se. Ele baseia-se apenas no controle dos sintomas, uma vez que a doença não possui cura. Profissionais da saúde também devem ficar bastante atentos sobre os riscos de transmissão, sendo necessário utilizar roupas próprias para evitar contágio, bem como usar luvas, óculos e máscaras.
Uma pesquisa publicada em agosto de 2013 no periódico Science Translational Medicine fez com que surgisse uma nova esperança a respeito do tratamento da doença. Realizada por profissionais do Instituto de Pesquisa Médica de Doenças Infecciosas do Exército Americano, a pesquisa mostrou o desenvolvimento de um coquetel que foi capaz de evitar a morte de cerca de 43% dos primatas não humanos testados. O medicamento foi administrado logo após o aparecimento dos sintomas, que se iniciaram entre 104 e 120 horas após a infecção. Os pesquisadores acreditam que em cinco a dez anos o remédio possa ser comercializado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário