A maioria dos trabalhos acadêmicos - artigos, monografias, projetos, dissertações e teses - exige a pesquisa bibliográfica e, por conseguinte a citação de conceitos e argumentos proferidos por autores que se dedicam ao tema discutido no seu trabalho.
Como o trabalho acadêmico é a exposição dos conhecimentos do estudante, não é possível "copiar" a ideia desses autores, a menos que se lance mão da citação direta (cópia literal), o que só é permitido em pequenos e bem referenciados trechos do trabalho. A citação direta é permitida, desde que atente para as regras de elaboração dos trabalhos científicos.
Todavia, também é possível o acadêmico escrever com suas próprias palavras o pensamento, a ideia, o argumento de determinado autor, a este procedimento damos o nome de citação indireta ou paráfrase.
É certo que, mesmo o estudante usando seu vocabulário há a necessidade de referenciar o autor e o ano da obra, na qual o acadêmico se pautou para escrever o seu texto.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que dita as normas para os trabalhos científicos no Brasil (embora sejam observadas variações - Vancouver, APA), dispensa a citação da página, na qual consta o conteúdo usado pelo acadêmico para fundamentar a sua afirmação.
É possível referenciar a citação indireta ou paráfrase das seguintes formas:
Buscando atender estas novas concepções, hoje, as atenções se voltam para uma administração de produção, onde o consumidor é a figura principal de todo o processo. Logo, a produtividade é avaliada, segundo a satisfação das necessidades e expectativas deste consumidor. Para tanto, sistemas rígidos de produção são implantados com vistas a alcançar a excelência da qualidade, não só baseada nas características do produto, mas na percepção do valor que este passa para o consumidor (DRUCKER, 2001).
Gonsalez (2008) esclarece que a produtividade pode ser compreendida como a relação entre os recursos empregados e os resultados alcançados.
É importante frisar que a citação indireta não é tão somente uma mudança de palavras, mas sim uma síntese sobre o que o acadêmico entendeu, interpretou sobre aquilo que leu. Além disso, é necessário que o estudante não descuide da língua portuguesa.
Silvia Laura Abraháo
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