domingo, 11 de agosto de 2019

REPÚBLICA WEIMAR

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha, que havia sofrido uma derrota humilhante, teve de aceitar os termos do Tratado de Versalhes, assinado em 1919, cujas resoluções impingiam ao país uma série de medidas que provocavam ainda mais privações e humilhações. Entre tais medidas, estava o pagamento de vultosas indenizações aos países vencedores da guerra e a perda de territórios para esses mesmos países.

Foi no ano de 1919 que também se constituiu na Alemanha a chamada República de Weimar, um sistema de governo bem diferente do Império alemão pré-guerra e que pretendia resolver, dentro do possível, os graves problemas que o país enfrentava na fase do pós-guerra. O objetivo mais urgente era reorganizar as estruturas política e econômica da Alemanha, e a opção pelo modelo republicano pareceu, àqueles que se envolveram no processo, a melhor.
A cidade de Weimar recebeu uma assembleia constituinte aos seis dias do mês de fevereiro de 1919 para a elaboração de uma nova Carta Constitucional para o país. Venceu o projeto constitucional republicano parlamentarista, isto é, a Alemanha passou a ter duas casas legislativas no comando central: o Reichstag (o Parlamento) e o Reichsrat (a Assembleia). O Chanceler seria o cargo do administrador principal, o chefe executivo. Entretanto, o cargo de Chanceler seria preterido em prol do cargo de Presidente e comissário do povo. O responsável por essa alteração foi o primeiro Chanceler eleito, Friedrich Ebert.
Ao mesmo tempo em que a República de Weimar estruturava-se, havia outras tendências políticas, em especial as de teor radical, formando-se na Alemanha. No radicalismo de esquerda, encontrava-se o espartaquismo, ou “Movimento Espartaquista” – nome que alude à figura de Espartacus, o escravo gladiador que organizou uma revolta durante o Império Romano –, tendo como um de seus líderes a marxista Rosa Luxemburgo. Esse movimento, que se orientava pelas estratégias comunistas de tomada do poder, chegou a organizar uma “Revolução Alemã”, entre 1918 e 1919, sendo prontamente sufocada pelas forças republicanas. Outro movimento que passaria ao radicalismo e teria grande penetração popular seria o nazismo, organizado em torno do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães e liderado por Adolf Hitler – que viria a recuperar o cargo de chanceler na época do governo de Hindenburg.
Até 1924, a Alemanha oscilou entre enormes bolhas inflacionárias na economia, ondas de desempregos, insatisfação popular e falta de credibilidade nos líderes e comandantes políticos. Em 1925, foi eleito para o cargo de Presidente um ex-herói de guerra, o marechal Paul von Hindenberg, que conseguiu, sem muita expressividade, recuperar um pouco a economia do país. Entretanto, a Crise de 1929, após a Quebra da Bolsa de Nova York, provocou uma nova onda de recessão e uma nova crise social, que foi muito bem aproveitada pelo radicalismo nazista.
Os nazistas passaram a conseguir mais simpatia popular e cada vez mais assentos na Assembleia e no Parlamento. Pressionado pela força política que os nazistas ganhavam, Hindenburg nomeou Hitler chanceler. Em 1933, com a morte do marechal, o líder nazista concentrou em si todos os poderes da república e fundou o III Reich, que só terminaria em 1945.

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