terça-feira, 6 de agosto de 2019

O ESTADO DO MARANHÃO

Localizado no oeste da Região Nordeste, o Estado do Maranhão é o único da região que tem parte do território coberto pela floresta Amazônica. Possui a segunda maior costa litorânea brasileira, com extensão de 640 Km.



Os espanhóis foram os primeiros a chegarem à região, que atualmente corresponde ao Maranhão. Posteriormente, o território foi disputado por franceses, portugueses e holandeses no início da colonização brasileira.
O Maranhão possui extensão territorial de 331.935,507 km², divididos em 217 municípios, conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), totaliza 6.574.789 habitantes.
O relevo apresenta costa recortada e planície litorânea com dunas e planaltos no interior. O ponto mais elevado é a chapada das Mangabeiras, com 804 metros de altitude. A vegetação do Maranhão é caracterizada por mata de cocais a leste, mangues no litoral, floresta Amazônica a oeste, cerrado ao sul. O clima é tropical.
Uma importante área de proteção ambiental é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, por onde se espalham dunas de até 50 metros de altura.
A capital do Estado é a cidade de São Luís, outras cidades importantes são: Imperatriz, Caxias, Timon, São José de Ribamar, Codó, Açailândia, Bacabal, Paço do Lumiar, Barra do Corda.
Os principais rios são: das Balsas, Gurupi, Itapecuru, Mearim, Parnaíba, Pindaré, Tocantins, Turiaçu.
Até a década de 1960, o Maranhão era um Estado brasileiro praticamente isolado, sem acessos por terra, que impossibilitava avanço em sua economia, tímida, quase inexistente perante o restante do país. A partir deste período, com a implantação de linhas férreas e rodovias, o Estado foi interligado a outras regiões do Brasil.
O comércio e os serviços respondem por mais da metade da economia do estado, que não chega a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. O complexo portuário integrado pelos terminais de Itaqui (possui 420 metros), Ponta da Madeira e Alumar é responsável por mais de 50% da movimentação de cargas portuárias do Norte e do Nordeste. São exportados principalmente alumínio, ferro, soja e manganês. A indústria se apoia nos setores metalúrgico, alimentício e madeireiro. A pesca é outra atividade econômica importante para o Estado.
Está sendo construída no Maranhão a maior refinaria da América Latina e uma das maiores do mundo. A Refinaria Premium será instalada no município de Bacabeira, localizado a 60 km da capital, São Luís. Sua instalação proporcionará um novo ciclo industrial no Estado. Serão gerados aproximadamente 130 mil empregos diretos e indiretos.

O Maranhão revela em sua culinária a mistura dos colonizadores com os índios e os negros trazidos da África. Os doces portugueses dividem a mesa com os de frutas nativas, como maracujá, bacuri, jenipapo e tamarindo. No litoral são consumidos marisco, siri, caranguejo, e peixes.
A principal manifestação cultural do Estado é a festa do bumba meu boi, mas também se destacam o tambor de crioula e o tambor de menina.
Bumba meu boi é uma brincadeira que mistura lendas indígenas, dança e música. Ocorre na temporada junina, onde centenas de grupos se apresentam nos arraiais.
O tambor de crioula é considerado Patrimônio Imaterial do Brasil, é uma manifestação cultural de matriz afro-brasileira em louvor a São Benedito ou associado a outras festas. É uma mistura de dança, canto e percussão de tambores. Não tem data específica e pode ocorrer ao longo do ano.
O tambor de menina faz parte dos rituais da umbanda, religião afro-brasileira. O culto é realizado nos terreiros, onde os iniciados cultuam, invocam e incorporam entidades espirituais. Com roupas especiais para a ocasião, os integrantes cantam e tocam instrumentos como tambores, cabaças, triângulos e agogôs.
O Estado maranhense possui alguns problemas sociais. O índice de mortalidade infantil apresenta taxas elevadas – 36,5 por mil nascidos vivos. Embora tenha melhorado muito, é a segunda pior taxa do Brasil, só superada pela de Alagoas.
O Maranhão, apesar do desenvolvimento alcançado em alguns setores econômicos, permanece como um dos mais pobres e carentes Estados do país, ocupando a penúltima posição no ranking nacional de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

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