sexta-feira, 16 de agosto de 2019

MILLOR FERNANDES

Millôr Fernandes foi um desenhista, humorista, tradutor, escritor e dramaturgo brasileiro. Era um artista com múltiplas funções e atividades. Escreveu nas revistas "O Cruzeiro" e "O Pasquim".

Millôr Fernandes nasceu no bairro do Méier, no Rio de Janeiro, no dia 16 de agosto de 1923. Filho de um engenheiro, deveria ter se chamado Milton, mas a caligrafia do tabelião o fez Millôr. Ficou órfão de pai quando tinha 2 anos de idade. Passou a infância ao lado da mãe e de 3 irmãos. Aos 12 anos perdeu a mãe e foi morar na casa do tio.
O grande incentivador da carreira de Millôr foi o seu tio, Antônio Viola, que o levou a publicar desenhos no periódico "O Jornal". Com 15 anos já se empregara como repaginador e contínuo na revista "O Cruzeiro". A primeira oportunidade de exibir seu talento foi com a convocação para preencher o espaço vago de publicidade em quatro páginas da revista co-irmã "A Cigarra". Ele deu o nome de “Poste-Escrito” ao conjunto do trabalho.
Millôr assinava como "Vão Gôgo", alcunha que usaria inclusive em seu período áureo na revista O Cruzeiro, entre 1945 e início dos anos 60. Sua coluna "O Pif-Paf" (que depois viraria revista à parte, de vida breve) foi um dos carros-chefe da maior publicação nacional do período. Já confiante, assumiu seu nome de certidão.
Como desenhista, dividiu o primeiro lugar com o americano Saul Steinberg, em um concurso realizado na Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires, em 1956. No outro ano, ganhou exposição individual em obras apresentadas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Millôr teve uma prolífica atuação como colunista da revista Veja, de 1968 a 1982, e em uma segunda fase, de 2004 a 2009. Ajudou a criar O Pasquim, o tabloide incendiário que fustigava a ditadura militar. No governo de Leonel Brizola fez propaganda política na sua seção da revista Veja.
Millôr Fernandes também atuou como dramaturgo e tradutor, nesta última atividade, traduziu obras de Shakespeare, Molieré, Brecht e Tennessee Williams.
Millôr Fernandes faleceu no Rio de Janeiro, vítima de parada cardiorrespiratória, no dia 27 de março de 2012.

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