Também conhecida como Revolução Farroupilha, A Guerra dos Farrapos foi um conflito regional contrário ao governo imperial brasileiro e com caráter republicano. Ocorreu na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, entre 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.
Causas principais:
- Descontentamento político com o governo imperial brasileiro;
- Busca por parte dos liberais por maior autonomia para as províncias;
- Revolta com os altos impostos cobrados no comércio de couro e charque, importantes produtos da economia do Rio Grande do Sul naquela época;
- Os farroupilhas eram contrários a entrada (concorrência) do charque e couro de outros países, com preços baratos, que dificultada o comércio destes produtos por parte dos comerciantes sulistas.
Os desdobramentos do conflito
Em setembro de 1835, os revolucionários, comandados por Bento Gonçalves, tomaram a cidade de Porto Alegre, forçando a retirada das tropas imperiais da região. Bento Gonçalves foi preso em 1835, quando a liderança do movimento passou para as mãos de Antônio de Souza Neto.
Em 1836, os farroupilhas conquistaram várias vitórias diante das forças imperiais. Em 11 de setembro de 1836 foi proclamada, pelos revoltosos, a República Rio-Grandense, embora estivesse preso, os farroupilhas declararam Bento Gonçalves como presidente desta República.
No ano de 1837, após fugir da prisão, Bento Gonçalves assumiu de fato a presidência da recém-criada República Rio-Grandense. Em 24 de julho de 1839, os farroupilhas proclamaram a República Juliana, na região do atual Estado de Santa Catarina.
O fim do movimento
Em 1842, o governo imperial nomeou Duque de Caxias (Luiz Alves de Lima e Silva) para comandar uma ação com objetivo de finalizar o conflito separatista no sul do Brasil.
Em 1845, após vários conflitos militares, enfraquecidos, os farroupilhas aceitaram o acordo proposto por Duque de Caxias e a Guerra dos Farrapos terminou. A República Rio-Grandense foi reintegrada ao Império brasileiro.
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