sexta-feira, 28 de junho de 2024

O GOVERNO DE FLORIANO PEIXOTO

 O governo Floriano Peixoto (1891-1894) foi o segundo governo republicano e encerrou o período conhecido como República da Espada, quando o Brasil foi governado por militares.



Floriano assumiu o poder em 1891, logo após a renúncia do Marechal Deodoro da Fonseca. Seu governo tinha como principal desafio consolidar a república no Brasil tendo em vista a divisão no apoio ao regime por causa de disputas de poder entre os aliados. A Marinha rivalizou com o Exército para ter mais espaço no governo.

Floriano enfrentou duas revoltas: 

Não poupou esforços para conter as revoltas no intuito de estabilizar a república. Para ampliar o apoio ao seu governo, Floriano se aproximou da oligarquia paulista. Foi sucedido por Prudente de Morais, primeiro civil a assumir a presidência da república.

A República da Espada corresponde aos dois primeiros governos da república brasileira, cujos presidentes eram militares. O primeiro governo foi do Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891) e do também marechal Floriano Peixoto (1891-1894). Esse período foi caracterizado pelo conflito entre civis e militares pelos rumos da república. Floriano Peixoto assumiu a presidência em 1891, logo após a renúncia de Deodoro da Fonseca. Ele era vice-presidente e rompera politicamente com Deodoro.

O Governo Floriano tinha como objetivo consolidar a república no Brasil. Desde 1889 que os grupos republicanos colocavam-se em campos opostos por conta das decisões do governo e da elaboração da primeira Constituição republicana, a de 1891. Entre as Forças Armadas, os ânimos estavam acirrados. Militares da Marinha também queriam participação mais efetiva no governo e buscavam conter o avanço do Exército, que já estava no poder desde a proclamação da república.

Nos Estados também predominava a desordem por conta da disputa pelo poder entre as oligarquias. Floriano Peixoto assumiu o poder tendo que enfrentar resistências de deodoristas, apoiadores de Deodoro da Fonseca, e o apetite político de republicanos que se sentiam desprestigiados desde 1889.

A política interna brasileira em 1891, ano da posse de Floriano Peixoto, estava em crise por causa dos conflitos no governo Deodoro. O novo governo começou com o propósito de pacificação nacional e principalmente de consolidar a república no Brasil. As dissidências internas poderiam provocar fraturas e ameaçar o governo iniciado em 1889. Entretanto, as crises políticas e conflitos armados persistiram no governo Floriano.

Usando da força para abafar as revoltas militares que aconteceram no Rio de Janeiro e no Sul do país, Floriano entrou para a história como o “Marechal de Ferro”. Para governar, Floriano se aproximou da oligarquia paulista, representada pelo Partido Republicano Paulista (PRP).

Desde a proclamação da república, em 15 de novembro de 1889, os militares do Exército dominavam o novo governo. O primeiro presidente era do Exército. A Marinha esboçava sua insatisfação em não ter mais espaço no governo. Entre 1893 e 1894, embarcações da Marinha, sob a liderança de Custódio de Melo e Eduardo Wandenkolh, miraram seus canhões em direção à cidade do Rio de Janeiro e bombardearam-na por vários dias. O governo brasileiro contou com o apoio da Marinha norte-americana, que cercou os revoltosos, forçando-os a render-se.

Revolta Federalista, ocorrida entre 1893 a 1895, foi causada por disputas internas, por grupos políticos locais, em busca do controle do Estado do Rio Grande do Sul. Esses grupos eram:

  • Partido Republicano Rio Grandense: liderado por José Castilho;
  • Partido Federalista: liderado por Gaspar Silveira Martins.

Floriano se posicionou a favor de Castilhos. Os federalistas venceram várias batalhas contra o governo e conseguiram dominar Santa Catarina e Paraná, quase alcançando a fronteira com o Estado de São Paulo. Divergências entre os grupos federalistas enfraqueceram o movimento e as conquistas territoriais foram perdidas para as tropas florianistas. A cidade de Desterro passou a  chamar-se Florianópolis como homenagem ao presidente que a libertou das mãos dos federalistas.

A necessidade de pacificar o Brasil após os conflitos nos primeiros anos de governo fez com que Floriano tomasse medidas enérgicas para consolidar a república e evitar que grupos monarquistas aproveitassem as dissidências para reassumir o poder. Floriano reagiu com violência às duas revoltas ocorridas em seu governo. A da Armada terminou com o presidente suspendendo as liberdades individuais.

O fim do governo Floriano Peixoto, em 1894, marcou também o fim da República da Espada. Depois de tumultuosos governos militares, o Brasil começava sua fase civil na presidência. Floriano não conseguiu indicar um candidato à sua sucessão, por causa da falta de apoio. Prudente de Moraes foi eleito em 1º de março de 1894 e tornou-se o primeiro civil a assumir a presidência da república. 

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