segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

PAULO FRANCIS

Paulo Francis é o pseudônimo de Franz Paul Trannin da Matta Heilborn. Foi um jornalista, crítico de literatura e arte e escritor brasileiro. O livro “Diário da Corte”, conjunto de escritos de Francis, esteve na lista dos livros mais vendidos em 2012.

Paulo Francis (1930-1997) nasceu no Rio de Janeiro. Era descendente de família alemã. Estudou no colégio São Bento e no Colégio Santo Inácio. Nos anos de 1950, frequentou a Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil
Participou do Centro Popular de Cultura da UNE, onde atuou como amador. Fez curso de pós-graduação em literatura dramática na Universidade de Colúmbia, em Nova York, onde foi aluno de Eric Bentley.
De volta ao Brasil, foi trabalhar no jornal Diário Carioca como crítico de teatro. A partir daí, Francis criou uma nova forma de escrever crítica, através de uma análise mais fria e objetiva, mas também com opiniões bastante pessoais. Seu estilo causou polêmica, como suas críticas em relação à atriz Tônia Carreiro, quando afirmou que ela havia “mercantilizado” fotos onde aparecia nua.
Paulo Francis envolveu-se com as ideias dos intelectuais de esquerda dos anos 60. Era simpatizante do movimento trotskista. O grande destaque da carreira de Francis como crítico foi no jornal O Pasquim, dos anos 60 aos 70. Em 1971, foi morar em Nova York, onde se tornou correspondente do Pasquim e da Folha de São Paulo.
Francis escreveu os romances, "Cabeça de Papel” (1977) e “Cabeça de Negro” (1979), porém não obteve sucesso. A partir dos anos 80, Francis deu uma guinada ideológica à direita, criticando os políticos do PT, combatendo o governo Sarney e aderindo às ideias conservadoras e neoliberais.
Atuou durante muito tempo como comentarista de cultura da TV Globo a partir da década de 80. Tornou-se comentarista do canal GNT no programa Manhattan Connection, nos anos 90.
Sua última polêmica foi quando acusou a Petrobrás, estatal brasileira, de manter 50 milhões de dólares em contas na Suíça através dos diretores da empresa. Paulo Francis foi processado pela estatal.
Paulo Francis faleceu de ataque cardíaco, em Nova York, no dia 4 de fevereiro de 1997. Seus restos mortais encontram-se sepultado no cemitério São João Batista no Rio de Janeiro.

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