sábado, 15 de fevereiro de 2020

O CÂNCER INFANTIL


O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que se assemelham por provocarem a proliferação descontrolada de células anormais, em qualquer parte do organismo, em crianças de até 15 anos (INCA, 2017).  

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) (2017), dentre os diversos tipos de neoplasias, o câncer pediátrico representa de 0,5% a 3% das ocorrências sendo, no Brasil, a terceira maior causa de morte na população abaixo de 14 anos. Considerando estudos realizados por essa instituição, são estimados mais de 9000 casos novos de câncer infantojuvenil, no Brasil, por ano.
De acordo com o INCA (2017), as neoplasias mais observadas na infância são as leucemias, os tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) e os linfomas (sistema linfático), embora também tenha se verificado, nos últimos anos uma incidência maior de neuroblastoma, que é um tipo de tumor no abdômen, o tumor de Wilms, um tipo de tumor renal, o retinoblastoma que acomete a retina do olho, o osteossarcoma, tumor sólido e os sarcomas.
O câncer na criança difere-se daquele do adulto, tendo em vista que no primeiro, geralmente, são afetadas as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, já no adulto são afetadas as células do epitélio, que recobrem os órgãos (QUINTANA, 1998).
BRAGA, LATORRE e CURADO (2002:34) explicam que “[...] os tumores infantis correspondem a um grupo altamente específico, geralmente embrionário, do sistema reticuloendotelial, do sistema nervoso central, do tecido conectivo e de vísceras”. Em contrapartida, observa-se que os tumores epiteliais são raros na infância.
Assim, em conformidade a esses autores, o câncer na infância é, predominantemente, de natureza embrionária, constituído por células indiferenciadas, o que frequentemente determina uma melhor resposta aos métodos terapêuticos atuais, embora seja importante um diagnóstico precoce seguido de uma orientação terapêutica de qualidade.

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