Virgínia Woolf foi uma escritora e editora inglesa. Uma das principais escritoras modernistas do século XX. Famosa por apresentar em suas obras as questões políticas, sociais e feministas.
Adeline Virgínia Stephen nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 25 de janeiro de 1882. Filha do pensador Sir Leslie Stephen frequentou desde cedo o mundo literário. Enquanto seus irmãos estudavam em Cambridge, Virgínia estudava em casa com professores particulares, o que lhe desagradava profundamente.
Em 1895, com 13 anos, ficou órfã de mãe. Em 1904, depois da morte do pai, mudou-se com seus irmãos para o bairro londrino de Bloomsbury onde residiam John M. Keynes, E.M. Forster, T.S. Eliot e Bertrand Russel. No ano seguinte, um de seus irmãos veio a falecer levando Virgínia a entrar em profunda crise nervosa.
Em 1912, Virgínia casou-se com o crítico Leonard Woolf e adotou o sobrenome do marido. Em 1915 publicou seu primeiro romance “A Viagem”, que já deixava ver a delicada sensibilidade de sua prosa. Em 1917, junto com o marido, fundou a editora Hogarth Press, que revelou autores como T.S. Eliot e Katherine Mansfield.
Virgínia Woolf fez parte de um círculo de intelectuais que formou o Grupo Bloomsbury, que depois da Primeira Guerra Mundial se reuniam para discutir sobre as tradições literárias, políticas e sociais da Era Vitoriana e desprezavam a moral convencional.
O Quarto de Jacob
O Quarto de Jacob (1922) foi o primeiro de seus romances experimentais sobre a relação entre o tempo histórico e o tempo interior da consciência, tema que foi expresso em linguagem poética e plena de ressonâncias simbólicas. O tema gira em torno da história de vida de Jacob que não existe como uma realidade concreta e sim como uma coleção de memórias e sensações.
Virgínia Woolf tornou-se conhecida com a publicação de “Senhora Dalloway” (1925), um romance onde a escritora faz uma crítica à relação patriarcal da sociedade inglesa da época, à dificuldade da mulher conquistar seu espaço diante do pouco acesso à educação e da opressão sofrida pelos homens.
Um dos mais conhecidos trabalhos, de não ficção, de Virgínia Woolf foi “Um Teto Todo Seu” (1929), um ensaio baseado em uma série de palestra que ela deu em 1928, em várias universidades femininas de Cambridge. O ensaio é visto como um texto feminista, uma crítica à falta de espaço e liberdade que as mulheres sofreram na história.
O mais divulgado romance de Virgínia foi “As Ondas” (1931), no qual retratou, por meio de técnica de fluxo de consciência, a evolução interior de seis personagens, da infância à velhice, e a visão da existência humana como processo inapreensível de interações entre o mundo e a sensibilidade pessoal. Como analogia do ciclo vital a autora descreve um dia na praia, da aurora ao anoitecer, em capítulos intercalados.
Com sérios problemas de depressão, que se agravaram durante a guerra, Virgínia Woolf se suicidou no rio Ouse, perto de sua casa de Rodmell, Sussex, Inglaterra, no dia 28 de março de 1941.
Obras de Virgínia Woolf
- A Viagem (1915)
- Noite e Dia (1919)
- O Quarto de Jacob (1922)
- Senhora Dalloway (1925)
- Leitor Comum (1925)
- Ao Farol (1927)
- Orlando (1928)
- Um Teto Todo Seu (1929)
- As Ondas (1931)
- Entre os Atos (1941)
Quem Tem Medo de Virgínia Woolf
Quem Tem Medo de Virgínia Woolf é uma peça do dramaturgo norte-americano Edward Abee, de 1962, que debate as complexidades do casamento de um casal de meia-idade. É também um filme dirigido por Nike Nichols, baseado na peça homônima de Eduard Abee.
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