domingo, 28 de julho de 2019

MALCOLM X

Malcolm X foi um ativista norte-americano, um dos mais polêmicos e populares líderes do movimento pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.

Malcolm X nasceu em North Omaha, Nebraska, Estados Unidos, no dia 19 de maio de 1925. Filho de Earl Little, um pastor batista e trabalhador da Associação Universal para o Progresso Negro foi assassinado quando Malcolm estava com seis anos de idade. Sua mãe passou dificuldades para sustentar os filhos e pressionada por assistentes sociais do governo para que seus sete filhos fossem levados para lares adotivos, acabou sendo internada em um hospital psiquiátrico.
Malcolm foi adotado e quando terminou a oitava série, foi morar com sua irmã mais velha, em Boston, onde ele foi engraxate e empregado da estação ferroviária. Entrou para a vida boêmia, fez amizade com Storty, se envolveu com a prostituição, o jogo e o tráfico de drogas. Mudou-se para o Harlem, bairro de maioria negra de Nova Iorque, e entrou para o mundo do crime. Voltou para Boston e junto com o amigo e duas mulheres brancas, começou a assaltar residências, até que em 1946 acabou condenado a onze anos de prisão.
Nessa época, começou a estudar o Islã, segundo os ensinamentos de Elijah Muhammed, líder da Nação do Islã, com quem se correspondeu com frequência. Com a ajuda de sua irmã foi transferido para uma prisão colônia em Norfolk, onde passou a frequentar a biblioteca e se transformar em um leitor voraz. Em 1952 foi solto e em seguida tornou-se líder de um Templo e recrutou grande número de fiéis. Recebeu da Nação do Islã o “X” em seu nome, que significava que Deus lhe revelaria.
Em 1953 foi nomeado ministro assistente do Templo Número Um e passou a frequentar a casa de Elijah. Logo depois foi transferido para o Templo mais importante, localizado em Nova Iorque. Em 1958 passou a viajar pelos principais Estados do país para pregar sua ideia separatista das raças, a independência econômica e a criação de um estado autônomo para os negros. Fundou o jornal “Muhammad Fala”, foi repórter de revistas mensais, e participou de entrevistas no rádio, televisão e universidades, para defender a Nação do Islã.
A grande exposição de Malcolm X gerou ciúme e contribuiu para se espalhar entre os muçulmanos negros o boato que ele queria assumir o lugar de Elijah. Malcolm soube, através da imprensa, que havia sido banido da Nação do Islã, e que se formara uma conspiração para que ele fosse considerado traidor e punido com o ostracismo e a morte.
Após ter se distanciado na Nação do Islã, e para conhecer melhor a religião, mudou seu nome para “Al Haji Malik Al-Habazz, viajou para Meca e lá concluiu que Elijah havia deturpado o Islã nos Estados Unidos. Ao voltar, movido por novos ideais, em 1964, fundou a organização “Afro-American Unity”, um grupo não religioso e não sectário, criado para unir os afrodescendentes. A partir daí, passou a defender a conciliação com os brancos, fato que desagradou a Nação do Islã.
A luta pelos direitos civis fez de Malcolm X um mártir notório. Quando discursava na sede de sua organização, no Harlem, ao lado da mulher, grávida e de suas quatro filhas, foi assassinado com 13 tiros, por três homens. A polícia não encontrou provas, mas sempre suspeitou do envolvimento da Nação do Islã no crime. A vida do líder que lutou pelos direitos civis dos negros norte-americanos foi tema de documentários e de filmes, entre eles “Malcolm X”, dirigido por Spike Lee, em 1992.
Malcolm X faleceu no Harlem, Nova Iorque, Estados Unidos, no dia 21 de fevereiro de 1965.

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