Os principais trabalhos acadêmicos - Projetos, Monografias, Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), Artigos, Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado - por serem científicos, pedem a adoção de procedimentos metodológicos com o fim de obter resultados fidedignos, que poderão ser verificados e comprovados por outros pesquisadores (quando seguirem estes mesmos procedimentos).
Neste sentido, é de suma importância classificar sua pesquisa, em conformidade aos objetivos traçados pelo seu trabalho, considerando-se, inclusive o verbo usado para estabelece-los. Geralmente, as pesquisas acadêmicas são consideradas Básicas, uma vez que visam SEMPRE ampliar a compreensão de uma teoria ou de um fenômeno. Além de serem Básicas, as pesquisas realizadas nos trabalhos acadêmicos podem ser: descritivas, exploratórias, comparativas e experimentais (aplicadas).
A pesquisa Descritiva (verbos identificar, conhecer, levantar, caracterizar, classificar, etc.) busca (como o nome diz) descrever o fenômeno estudado, por meio de suas características. De
acordo com Gil (2008, p. 42), o objetivo principal deste tipo de
investigação é “[...] a descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou, então, o
estabelecimento de relações entre variáveis”.
A pesquisa Exploratória (verbos analisar, verificar, constatar, etc.) é indicada quando se pretende aprofundar o estudo sobre um determinado tema. Para Gil (2008, p.
41), a investigação exploratória “proporciona maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses”,
assim, ela tem como fim o aprimoramento de ideias.
Vale destacar que alguns anos atrás defendia-se que os estudos de caso (case) eram pesquisas Exploratórias, hoje se compreende que esta modalidade (muito usada nos TCCs e Dissertações de Mestrado) também pode sustentar uma pesquisa descritiva.
A pesquisa ainda pode ser Comparativa (evidentemente verbo comparar), quando se pretende comparar duas ou mais variáveis (por exemplo: teorias, processos, ou métodos). Entretanto, Gil (2012, p. 13) adverte que "algumas
vezes o método comparativo é visto como superficial
em relação a outros, esclarecendo que seus resultados
podem proporcionar elevado grau de generalização
quando seus procedimentos são desenvolvidos mediante rigoroso controle. Além disso, não aprofunda a discussão".
Por fim, a pesquisa pode ser Explicativa, também chamada de Experimental ou Aplicada (verbos analisar, aplicar, adotar, estudar, observar, etc.), quando o pesquisador opta por aplicar determinado procedimento em determinada amostra, para conhecer seus efeitos. Ressalta-se que este tipo de pesquisa é mais usado nas ciências exatas e da saúde, embora também possam sustentar pesquisas de cunho social (área de humanas), porém nas ciências sociais os dados serão colhidos somente por meio da observação.
De acordo com Kerlinger (2009, p. 4), "a pesquisa experimental é o método de investigação que envolve a manipulação de
tratamentos na tentativa de estabelecer relações de causa-efeito nas variáveis investigadas.
A variável independente é manipulada para julgar seu efeito sobre uma variável
dependente. A relação de causa-efeito não pode ser estabelecida através de técnicas
estatísticas, mas somente pela aplicação de pensamento lógico para experimentos bem
delineados".
Além da importância de se conhecer o tipo de pesquisa, é necessário escolher as técnicas para a coleta dos dados, o método para ordená-los e a abordagem para a sua análise, temas que serão posteriormente abordados no SOS ASSESSORIA ACADÊMICA.
Silvia Laura Abrahão
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