Exemplo de resenha simples de textos acadêmicos.
RESENHA SIMPLES
Oliveira, Paula e Freitas (2007), no estudo Evolução Histórica da Assistência de Enfermagem, relataram que os estudos desenvolvidos por Florence Nigthingale marcaram o surgimento da Enfermagem moderna. Sua visão de organização, bem como a sua experiência nos hospitais de guerra na Crimeia, aliadas ao cientificismo da época (início do século XIX), que buscava superar o paradigma mágico/religioso, foram a motivação para a sua Teoria de Sistematização dos princípios técnicos da Enfermagem, que se fundou em observações sistematizadas e registros estatísticos produzidos por ela mesma com base nos diários de seus pacientes. A sua teoria se alicerçou em quatro conceitos fundamentais: ser humano; meio ambiente; saúde e Enfermagem. Nigthingale acreditava que a qualidade do ambiente (luz, ar fresco, silêncio e higiene) proporcionado ao paciente ajudava na cura; por isso sua teoria é conhecida como a base humanística da Enfermagem.
Oliveira, Paula e Freitas (2007), no artigo Evolução Histórica da Assistência de Enfermagem, demonstraram que Peplau centrou a sua teoria nos relacionamentos interpessoais que ocorrem nos diferentes estágios de desenvolvimento da pessoa. Neste sentido, sua Teoria das Relações Interpessoais defende que cabe ao enfermeiro estabelecer uma relação de confiança com o doente, pois à medida que essa confiança se intensifica maiores são as chances do problema (doença) ser identificado e solucionado A teoria de Peplau enfatiza as mudanças funcionais no indivíduo (no sentido qualitativo), sendo essas provocadas pelas influências internas e externas que recebem, logo cabe ao enfermeiro interagir com o paciente buscando o seu crescimento pessoal e, por conseguinte, o retorno ao estado de saúde.
Oliveira, Paula e Freitas (2007), no estudo Evolução Histórica da Assistência de Enfermagem, observaram que, para Orem, o ser humano tem a capacidade de cuidar de si mesmo, sendo que quando isso não é possível, ou seja, quando a pessoa estiver incapacitada para satisfazer as suas necessidades biológicas, psicológicas, de desenvolvimento e sociais, cabe ao profissional de Enfermagem proporcionar este cuidado. Deste modo, o objetivo de sua teoria é fazer com que o paciente cuide de si mesmo, para tanto o enfermeiro deve identificar o grau dessa incapacidade e até onde o paciente pode superá-la com a ajuda da Enfermagem. Esta teoria ficou conhecida como a Teoria do Déficit do Autocuidado.
Oliveira, Paula e Freitas (2007), no estudo Evolução Histórica da Assistência de Enfermagem, esclareceram que a teoria de Horta foi construída tomando como base os conceitos de motivação humana defendidos por Maslow, que baseiam-se na satisfação das necessidades humanas básicas. De maneira que o desequilíbrio leva a tensão (consciente ou inconsciente) até a sua necessidade ser atendida, sendo que o seu não atendimento, ou o seu atendimento inadequado causa o desconforto que, se não sanado, vira doença.
Lordani (sem ano) em seu estudo Teorias da Enfermagem abordou, dentre outras teorias, a de Imogenes King - Teoria do Alcance de Metas de Saúde – que descreve a atuação do enfermeiro mediante a compreensão de que o ser humano deve ser visto em três sistemas interatuantes (o pessoal, o interpessoal e o social), cuja interação enfermeiro-pessoa é fundamental para o estabelecimento e o alcance de metas de saúde. Assim, o objeto de estudo na Enfermagem deve ser as interações dos seres humanos (seres sociais, conscientes, racionais, perceptivos) com o ambiente, que os leva a um estado de saúde que permite o desempenho de seus diferentes papéis sociais.
Observou-se que desde o início da Enfermagem moderna houve uma preocupação em superar o empirismo das funções desenvolvidas por esses profissionais, levando a pesquisa e a formulação das Teorias de Enfermagem. A Teoria da Sistematização da Enfermagem, criada por Nigthingale, exteriorizou a sua experiência profissional, deixando claro que o papel do enfermeiro é propiciar ao paciente um ambiente limpo, higienizado e organizado. A vida profissional de Peplau influenciou a sua Teoria da Enfermagem, fundamentada nos relacionamentos interpessoais, onde o enfermeiro deve interagir com o paciente com o fim de proporcionar os meios e o incentivo para a realização do processo terapêutico. O processo de Enfermagem para Orem fundamenta-se no método de determinação das deficiências de autocuidado, onde o enfermeiro deve satisfazer as exigências de autocuidado do doente, fornecendo-lhe condições para que esse se restabeleça e promova o autocuidado próprio, diretriz observada no Programa de Saúde da Família. Horta, por sua vez, em sua teoria, defende que cabe ao enfermeiro possibilitar (facilitar) a satisfação das necessidades básicas do paciente, sendo essa Teoria também defendida por Henderson. A Teoria de King que envolve o alcance das metas de saúde possui características de funcionalidade e objetividade, e é bastante respeitada no meio dos profissionais de saúde, refletindo-se também no Programa Saúde da Família.
Finalizando, importa salientar que os textos estudados foram bastante claros, objetivos e coerentes com a perspectiva de que as teorias de Enfermagem não devem somente fornecer a arcabouço de conhecimento teórico, muito pelo contrário, seus conceitos deverão nortear a operacionalização da Enfermagem, bem como o entendimento sobre o papel social da profissão.
REFERÊNCIAS
LORDANI, T. V. A. Teorias de enfermagem. Sem ano.
OLIVEIRA, M. L.; PAULA, T. F.; FRETAS, J. B. Evolução histórica da assistência de enfermagem. ConScientiae Saúde. São Paulo, v. 6, n. 1, p. 127-136, 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário