quarta-feira, 2 de junho de 2021

LITERATURA DE INFORMAÇÃO

Brasil entrou tardiamente no ramo da escrita literária, visto que em terras europeias essa atividade já se desenrolara há mais de dois séculos. Neste sentido, a primeira escola literária se deu pelas mãos dos visitantes recém-chegados (portugueses), com o objetivo de INFORMAR sobre a terra descoberta, razão pela qual os escritos eram apenas classificados como documentos, embora não fossem oficializado.  



Deste modo, alguns historiadores consideram a Carta de Pero Vaz de Caminha, data em 1 de maio de 1500, que conta ao rei de Portugal sobre a descoberta do Brasil, o primeiro texto da literatura brasileira, no entanto outros defendem que ele pertence à literatura portuguesa.  Vale salientar que neste documento o autor mostra-se maravilhado com as belezas da terra descoberta, o que denota a subjetividade do texto.

Assim, a  Literatura de Informação corresponde aos textos de viagens escritos em prosa e fazem parte do primeiro movimento literário do Brasil: o Quinhentismo (1500-1601).

Recebem esse nome pois são textos de caráter informativo os quais eram escritos com o intuito informar sobre as novas terras descobertas. Vale ressaltar que esses textos históricos e literários foram essenciais para fundar a literatura brasileira.

Além da literatura de informação, o movimento quinhentista é formado pela Literatura de Catequese, escrito pelos jesuítas.

A literatura de informação ou as crônicas dos viajantes eram textos compostos por muitas descrições e adjetivos relacionados às novas terras descobertas. Além de indicar características sobre a paisagem do local, os escrivães descreviam sobre os povos que aqui estavam, como costumes, rituais e estrutura social.

Além de Pero Vaz de Caminha, outros representantes que se destacam na Literatura de Informação foram:

  • Pero Lopes de Souza e sua obra Diário de navegação (1530);
  • Pero de Magalhães Gândavo e sua obra Tratado da Província do Brasil e História da Província de Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos de Brasil (1576);
  • Fernão Cardim e sua obra Narrativa epistolar e Tratado das terras e das gentes do Brasil (1583);
  • Gabriel Soares de Souza e sua obra Tratado descritivo do Brasil (1587).

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