O Dia D, também conhecido como Operação Overlord, aconteceu no dia 6 de junho de 1944 e marcou o início da liberação da França do domínio dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. O Dia D também foi extremamente importante ao criar um front ocidental de guerra, o que acentuou o desgaste dos alemães que já lutavam na Itália e no front oriental contra a União Soviética.
O Dia D promoveu o desembarque de soldados Aliados nas praias da Normandia, no Norte da França. O objetivo dessa operação era libertar a França do domínio nazista e pressionar a Alemanha com outro front de batalha. A operação foi realizada em um esforço conjunto de Reino Unido e Estados Unidos.
A quantidade de pessoal mobilizado no Dia D, segundo o historiador Max Hastings, foi de cerca de 150 mil homens, transportados em 5.300 embarcações, além de 1.200 tanques e cerca de 12 mil aeronaves como apoio. Também foram utilizados paraquedistas, que saltaram em diferentes posições da Normandia para confundir as defesas inimigas e conquistar pontes importantes para garantir o avanço Aliado.
As tropas Aliadas eram compostas, principalmente, por soldados americanos, britânicos e canadenses e tinham como objetivo a conquista de cinco praias localizadas nas proximidades da cidade de Caen. As praias onde os desembarques foram realizados receberam os nomes de Omaha, Utah, Juno, Gold e Sword.
Como estava a Segunda Guerra em junho de 1944?
A Segunda Guerra Mundial nesse momento encaminhava-se para a consolidação da derrota do Nazismo. Os alemães estavam sendo engolidos pelo Exército Vermelho no front de guerra oriental. Por mais que a resistência nazista fosse notável, a força e o tamanho dos exércitos soviéticos eram muito grandes e pouco a pouco forçavam os alemães a recuar cada vez mais.
O grande ponto de virada na guerra aconteceu durante a Batalha de Stalingrado, na qual o exército alemão esforçou-se enormemente para conquistar a importante cidade no sul da União Soviética. Com o fracasso em Stalingrado, o distanciamento de Moscou e a diminuição dos recursos, a Alemanha perdeu consideravelmente sua força.
A perda de força do exército da Alemanha ficou evidente com a expulsão dos alemães no Norte da África e com os desembarques dos Aliados na Itália. Isso gerou pressão extra sobre Hitler, que precisou enfraquecer suas posições na União Soviética para evitar um desastre na Itália, o que poderia resultar em uma invasão ao território alemão. Como consequência do enfraquecimento alemão no front oriental, houve a derrota na Batalha de Kursk. Essa batalha foi crucial e enterrou definitivamente as pretensões alemãs na União Soviética.
A Alemanha, portanto, sofria a pressão, a leste, da União Soviética, a sul, dos britânicos e dos americanos na Itália, portanto, era crucial para os alemães que qualquer ataque Aliado que acontecesse na França fosse rechaçado. Caso a Alemanha conseguisse garantir a defesa da posição nesse país, poderia fortalecer suas posições nas batalhas contra os soviéticos.
Hitler já esperava que um ataque à Normandia acontecesse, no entanto, não sabia quando isso aconteceria. Ele depositava sua confiança na chamada Muralha do Atlântico, uma linha defensiva que se estendia por toda a costa do Atlântico. No entanto, o moral de guerra entre os generais alemães não era tão grande assim. Muitos afirmavam que as defesas da Muralha do Atlântico eram um grande blefe, enquanto outros desconfiavam da capacidade alemã de garantir a chegada de suprimentos para continuar na guerra. Em geral, muitos concordavam que a Alemanha não seria capaz de suportar um ataque dos Aliados.
Resultado do Dia D
O desembarque dos soldados Aliados na Normandia começou na noite do dia 5 de junho de 1944, com paraquedistas saltando em diferentes posições. A ação dos paraquedistas foi considerada desorganizada, pois muitos foram mortos pelos alemães, enquanto outros morreram afogados em pântanos. O grande mérito dessa missão foi ter criado uma grande confusão entre os nazistas.
Ao final do Dia D, os Aliados haviam conquistado as praias da Normandia. No entanto, a luta travada nessas praias não foi tão brutal como se costuma imaginar. Max Hastings afirma que as batalhas após o Dia D foram muito mais violentas. De qualquer maneira, a vitória Aliada foi crucial para a continuidade da guerra e contribuiu para antecipar a derrota do Nazismo ao exercer mais pressão sobre as defesas alemãs.
Daniel Neves
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