terça-feira, 9 de junho de 2020

GUERRA DO KOSOVO

No dia 24 de março de 1998, na Iugoslávia, iniciou-se uma guerra. De um lado, Kosovo, uma das províncias que constitui a Iugoslávia, lutando pela sua independência, e de outro, o presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, que não quis aceitar tal decisão kosovar. Kosovo é uma província que tem uma composição étnica e religiosa diferente da maioria da Iugoslávia, que é sérvia. Os kosovares são de origem albanesa e muçulmana, enquanto os sérvios são cristãos ortodoxos.

A Iugoslávia apresentava duas regiões autônomas: Kosovo (de maioria albanesa) e Voivodina (de minoria húngara). Montenegro assegurava ao país o acesso ao Mar Adriático. Após o período de envolvimento direto e indireto no conflito da Bósnia, o país atravessou grave crise econômica e social. Além disso, um novo conflito surgiu no país. A região de Kosovo, na qual 90% da população é albanesa, reivindicava sua independência política.
Kosovo é uma província que tem uma composição étnica e religiosa diferente da maioria da ex-Iugoslávia, que é sérvia. Os kosovares são de origem albanesa e muçulmana, enquanto os sérvios são cristãos ortodoxos.
As divergências entre o governo central e os habitantes de Kosovo aumentaram em virtude da perda da condição de região autônoma. Formou-se uma guerrilha separatista, o Exército de Libertação do Kosovo (ELK), que esteve em conflito com as forças armadas sérvias. O governo acusou a Albânia de incentivar os rebeldes de Kosovo.
Os conflitos se multiplicaram em Kosovo, com massacres e devastação de áreas urbanas e agrícolas. A Organização do Atlantico Norte (OTAN), liderada pelos Estados Unidos, interveio contra a então Iugoslávia, bombardeando várias regiões do país. O governo sérvio, então, recuou na repressão contra os albaneses de Kosovo.
A OTAN, alegando motivos humanitários e buscando evitar uma limpeza étnica (se refere a expulsão ou eliminação de uma etnia de um determinado território) promovida pelo Milosevic para expulsar os kosovares, de etnia albanesa, e fazer dos sérvios a maioria em Kosovo, interviu na guerra e obrigou Milosevic a aceitar o acordo de Rambouillet, que propôs autonomia administrativa e cultural para a província de Kosovo.
Na atualidade, Kosovo está sendo administrada pela Organização das Nações Unidas (ONU), com a presença de tropas da OTAN e da Rússia, havendo a possibilidade de tornar-se um país independente.
Após a crise em Kosovo, o governo liderado até então por Slobodan Milosevick perdeu o poder após as eleições, ganha pela oposição. A pressão popular permitiu a ascensão da oposição e a democratização do país. Milosevick foi preso, julgado no Tribunal Internacional de Haia por crimes de guerra (envolvimento nos conflitos na Bósnia e Kosovo) e acabou falecendo na prisão, em 2005.

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