Raul Pompéia foi um escritor brasileiro. A publicação do romance O Ateneu marcou seu nome entre os maiores romancistas brasileiros. É a obra mais importante do Realismo no Brasil.
Raul D’Ávila Pompéia nasceu em Jacuacanga, Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro, no dia 12 de abril de 1863. Filho do magistrado Antônio D’Ávila Pompéia e Rosa Teixeira Pompéia, descendentes de tradicionais famílias mineiras.
Em 1873, com 10 anos de idade, mudou-se com a família para a cidade do Rio de Janeiro, onde foi matriculado como interno no Colégio Abílio, dirigido por Dr. Abílio César Borges, Barão de Macaúbas. Nessa escola, redigiu e ilustrou o jornal "O Archote". Em 1879 ingressou no Colégio Pedro II onde concluiu os estudos secundários.
Em 1880 publicou seu primeiro romance Uma Tragédia no Amazonas. Em 1881, matriculou-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco em São Paulo. Participou dos movimentos abolicionistas e republicanos.
Em 1883 publicou As Joias da Coroa, de nítida conotação anti-monarquista. Em 1885, junto com outros colegas, transferiu-se para a Faculdade de Direito do Recife, onde fervia os ideais abolicionistas e republicanos e lá terminou o curso.
O Ateneu
Em 1888, Raul Pompéia publicou em folhetins da Gazeta de Notícias o romance O Ateneu, que trazia como subtítulo, Crônica de Saudade, editado em livro no mesmo ano.
Trata-se de uma narrativa de confissão, ou seja, aquela em que o narrador fala de si mesmo como condição para falar dos outros. Sérgio, principal personagem, vai pacientemente e ressentidamente redesenhando pela memória todos os fantasmas da adolescência vivida cruelmente entre as paredes do colégio interno no final do Império.
Atividade jornalística
Ainda em 1888 começou escrever na Gazeta de Notícias uma seção de crítica de arte. Desenvolveu intensa atividade jornalística a favor da mudança do regime. Em 1890 participou ativamente dos debates políticos dos anos iniciais da República.
Em 1890, assumiu o cargo de secretário da Academia de Belas Artes e no ano seguinte passou a lecionar na Escola Nacional de Belas Artes.
Em 1892 envolveu-se em acirradas polêmicas. Levava uma vida agitada, com inimizades e crises depressivas. Ofendido por Olavo Bilac desafia-o para um duelo, que não chegou a ocorrer por interferência dos padrinhos.
Em 1894 foi nomeado, pelo Marechal Floriano Peixoto, diretor da Biblioteca Nacional. Em 1895, discursou no funeral de Floriano Peixoto, onde suas palavras foram vistas como desacato ao Presidente Prudente de Morais, provocando sua demissão da Biblioteca Nacional.
Profundamente descontente e amargurado, humilhado pela indiferença com que os jornais tratavam seus artigos, vê publicado "Um louco no cemitério". Sem encontrar um jornal que desse espaço para sua resposta, profundamente deprimido, suicidou-se com um tiro no coração.
Raul Pompéia morreu no dia 25 de dezembro de 1895, em plena noite de Natal.
Raul Pompéia escreveu crônicas, cantos, poemas e três romances. A maior parte de sua produção literária ficou nos jornais em que colaborou.
Obras de Paul Pompéia
Romance
- Uma Tragédia no Amazonas (1880);
- O Ateneu (1888);
- As Joias da Coroa (1888).
Poesia
- Canções Sem Metro (1900).
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