Oito meses após o início de seu segundo mandato, o presidente reeleito Fernando Henrique Cardoso enfrenta uma grande manifestação contra seu governo.
O ato organizado por entidades da sociedade civil, sindicatos e partidos de oposição reuniu cerca de 100 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios em protesto contra as privatizações e a negligência do governo com casos de corrupção. Embora o comando do Partido dos Trabalhadores (PT) tivesse vetado a palavra de ordem “Fora FHC”, manifestantes exibiram faixas com a expressão.
Os números de participantes da marcha são controversos. A polícia do Distrito Federal calculou a multidão em 40 mil manifestantes. Uma vista aérea produzida pelas redes de televisão sugeriu que eram pelo menos 75 mil. Os organizadores calcularam cem mil pessoas, número pelo qual a manifestação ficou conhecida.
O presidente Fernando Henrique classificou a marcha de golpista, comparando-a às que antecederam o golpe militar. A popularidade de FHC, conquistada pelo êxito do Plano Real no primeiro mandato, caiu ao longo do segundo período, não permitindo que o presidente elegesse seu sucessor em 2002.
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