quarta-feira, 19 de junho de 2019

ALUÍSIO DE AZEVEDO

Aluísio Azevedo foi escritor brasileiro. "O Mulato" foi o romance que iniciou o Movimento Naturalista no Brasil. Foi também caricaturista, jornalista e diplomata. É membro fundador da Academia Brasileira de Letras.

Aluísio Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão, no dia 14 de abril de 1857. Em 1871 matriculou-se no Liceu Maranhense e dedicou-se ao estudo da Pintura. Com 19 anos foi levado pelo irmão, o teatrólogo e jornalista Artur Azevedo, para o Rio de Janeiro. Começou a estudar na Academia Imperial de Belas-Artes, onde revelou seus dons para o desenho. Logo passou a colaborar, com caricaturas e poesias, em jornais e revistas.
Com a morte do pai, em 1879, Aluísio voltou para São Luís e se dedicou a literatura. Publicou seu primeiro romance, "Uma Lágrima de Mulher", em 1880, onde se mostrou exageradamente sentimental e de estilo romântico. Em 1881 editou "O Mulato", romance que iniciou o Movimento Naturalista no Brasil. A obra denunciava o preconceito racial existente na burguesia maranhense Com a reação negativa da sociedade, Aluísio voltou para o Rio de Janeiro.
Aluísio Azevedo abandonou as tendências românticas em que se formara, para, influenciado por Eça de Queirós e Émile Zola, tornar-se o precursor do Movimento Realista-Naturalista. No Rio de Janeiro, passou a viver com a publicação de folhetins românticos a alguns relatos naturalistas. Viveu durante 15 anos do que ganhava como escritor.
Preocupado com a realidade cotidiana, seus temas prediletos foram: a luta contra o preconceito de cor, o adultério, os vícios e o povo humilde. Na obra "O Cortiço", Aluísio retratou o aumento da população no Rio de Janeiro e o aparecimento de núcleos habitacionais, denominados cortiços, onde se aglomeravam trabalhadores e gente de atividades incertas. O grande personagem do romance era o próprio cortiço.
Em 1895, com quase quarenta anos, Aluísio ingressou na carreira diplomática, atuando como cônsul do Brasil no Japão, na Espanha, Inglaterra, Itália, Uruguai, Paraguai e Argentina. Durante todo esse período não mais se dedicou a produção literária.
Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo morreu em Buenos Aires, Argentina, no dia 21 de Janeiro de 1913.

Obras de Aluísio Azevedo

Uma Lágrima de Mulher, romance, 1879


Os Doidos, teatro, 1879
O Mulato, romance, 1881
Memórias de um Condenado, romance, 1882
Mistérios da Tijuca, romance, 1882
A Flor de Lis, teatro, 1882
A Casa de Orates, teatro, 1882
Casa de Pensão, romance, 1884
Filomena Borges, romance, 1884
O Coruja, romance, 1885
Venenos que Curam, teatro, 1886
O Caboclo, teatro, 1886
O Homem, romance, 1887
O Cortiço, romance, 1890
A República, teatro, 1890
Um Caso de Adultério, teatro, 1891
Em Flagrante, teatro, 1891
Demônios, contos, 1893
A Mortalha de Alzira, romance, 1894
O Livro de uma Sogra, romance, 1895
Pegadas, contos, 1897
O Touro Negro, teatro, 1898

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